Estado policial

Atualizada em 11/10/2022 às 12h45

O governador Flávio Dino (PCdoB) parece ter decidido envolver-se diretamente – e envolver também o governo – nas campanhas eleitorais de seus candidatos a prefeito no interior. E resolveu mergulhar da forma mais negativa possível.
Em certos municípios, adversários do governador denunciam que o Sistema de Segurança Pública do Estado está agindo em proteção aos candidatos do comunista. E o objetivo seria intimidar, constranger e até impedir as campanhas que sejam contrárias aos seus interesses. A questão foi mais tensa em Coroatá, onde o comunista Luiz da Amovelar Filho tenta vencer a prefeita Teresa Murad (PMDB) na base da força policial do governo. Mas o clima tenso já teria se espalhado por outros municípios, como Pinheiro Caxias, Bacabal e Balsas.
O PCdoB tem 1.562 candidatos a prefeito, vice-prefeito ou vereador no Maranhão, o que representa quase 10% do total de candidatos. E Flávio Dino resolveu mobilizar a estrutura sob seu comando para eleger todo este contingente comunista, nem que seja com o aparelhamento do Estado, característica básica da doutrina defendida por Marx, Stalin e Lênin.
Mas a ação do governador tem recebido duras críticas da oposição. O deputado federal Hildo Rocha denunciou o uso da força policial em vídeo. E pretende levar o caso à Câmara Federal. Na Assembleia, Andrea Murad (PMDB), Adriano Sarney (PV), Sousa Neto (Pros) e Edilázio Júnior (PV) também já se manifestaram.
E até a mídia nacional começou a questionar a atitude do comunista. A coluna eletrônica “O Antagonista”, uma das mais lidas do país, lamentou a situação dos maranhenses diante do abuso do PCdoB governista. “Pobres maranhenses”, foi a conclusão da nota da coluna, que revelou as candidaturas do partido.
Enquanto Dino desloca força policial para o interior, a segurança de São Luís fica comprometida. O último fim de semana foi manchado por motins em Pedrinhas, assaltos a ônibus e assassinatos.

Proibido I
A Justiça Eleitoral proibiu o Instituto DataM de divulgar uma pesquisa de intenção de votos em São Luís.
O instituto vem sendo denunciado desde o início da campanha por fraudes e manipulação dos números, para favorecer o candidato do PDT, Edivaldo Júnior.
Pesaram na decisão as provas apresentadas pelos advogados, mostrando que o DataM já teve contrato de R$ 80 mil com a própria Prefeitura.

Proibido II
Não é a primeira vez que o DataM fica proibido de divulgar suas “pesquisas” eleitorais no Maranhão.
Nas eleições de 2014, a empresa também foi proibida após denúncias de irregularidades e fraudes em seus levantamentos.
As pesquisas DataM são usadas sistematicamente na propaganda de Edivaldo Júnior para apontar sua vitória.

Uso da máquina
Candidato do governador Flávio Dino em Barreirinhas, o ex-juiz Amilcar tenta usar a máquina do Estado em seu favor.
Ele articulou com o Governo do Estado a presença da unidade móvel do Viva Cidadão no município.
Há denúncias de que os documentos só estariam sendo emitidos para quem se declara eleitor do candidato do governador.

Imperatriz
O governo Flávio Dino decidiu sentar praça em Imperatriz na semana da reta final das eleições no município.
O objetivo é forçar, de todas as formas, a vitória da candidata do PDT, Rosângela Curado, que vem perdendo terreno no município.
Desde domingo, secretários, assessores e coordenadores do governo tentam pressionar eleitores de Imperatriz a votar na pedetista.

Correção
A pesquisa Escutec de intenções de votos do município de Buriticupu publicada na edição de ontem foi divulgada com o número de registro errado.
O protocolo da pesquisa, na verdade, é o MA-07438/2016 e não o MA-01636/2016 – que se refere a outro levantamento.
O erro foi do instituto Escutec, que encaminhou no domingo os dados a O Estado, mas ontem verificou o equívoco e corrigiu a informação.

Jornada
O deputado federal Hildo Rocha (PMDB) apresentou na semana passada projeto de lei que reduz a jornada de trabalho e regulamenta o exercício da enfermagem.
O projeto diminui para 30 horas a carga horária semanal de serviços de enfermeiros, técnicos, auxiliares de enfermagem e parteiras.
Pelo projeto, a nova jornada pode ser implantada por meio de acordos coletivos de trabalho com redução de 2 horas semanais por ano, podendo chegar às 30 horas em até 5 anos.

Indefinido
A cinco dias das eleições municipais, a Justiça Eleitoral ainda não conseguiu definir a situação do candidato a prefeito de São Luís, Zeluis Lago (PPL).
Lago teve o seu registro de candidatura indeferido pela Justiça, mas ingressou com recurso para tentar participar normalmente do pleito.
Ocorre que o recurso do candidato ainda não foi analisado e ele segue na condição de sub judice. A eleição para prefeito da capital ocorrerá no domingo.

E MAIS

• O candidato Eduardo Braide tem dois dias para convencer o eleitorado de São Luís e atingir, ao menos, 5% nas intenções de voto.

• E aposta que a garantia judicial de participação no debate da TV Difusora vai lhe dar essas condições de alcançar este patamar.

• O Instituto Perfil anuncia para quinta-feira pesquisa que pretende “apresentar os números reais da eleição em São Luís”.

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