Caravela e água-viva

Caravelas e águas-vivas voltam a atacar na orla marítima de São luís

O número de acidentes com caravelas e águas-vivas em setembro deste ano já é mais que o dobro do registrado em setembro de 2015 quando 4 pessoas acabaram se queimando por causa do contato com estes animais

Atualizada em 11/10/2022 às 12h45
Caravelas não tem mobilidade, ela depende das ondas marítimas
Caravelas não tem mobilidade, ela depende das ondas marítimas (Caravelas)

O mês de setembro é de ventos fortes em São Luís, sobretudo na orla. Mas o que poderia representar um refresco nos dias de calor traz consigo um risco para os banhistas já que outros frequentadores também aparecem com mais frequencia nas praias e, se o banhista não tiver cuidado, pode causar acidentes. São as caravelas e as águas-vivas, animais marinhos que podem causar queimaduras de até terceiro grau. Este mês, o Batalhão de Bombeiros Marítimo (BBMar) já registrou 9 ocorrências do tipo e alerta os banhistas para ficarem longe destes animais.

O número de acidentes com caravelas e águas-vivas em setembro deste ano já é mais que o dobro do registrado em setembro de 2015 quando 4 pessoas acabaram se queimando por causa do contato com estes animai As caravelas são animais sem mobilidade própria. Elas são transportadas pelas correntes marinhas. s, segundo dados do BBMar, que é responsável pela segurança das praias ao longo da Avenida Litorânea, São Marcos, Meio e Araçagi. “Este tipo de acidente é comum nesta época do ano, mas nós consideramos este número dentro do controle”, comentou o capitão Thiago Sousa, do BBMar.

Entretanto, ele frisou que em agosto deste ano não foram registradas ocorrências de acidentes com caravelas e águas-vivas na faixa de praia cuja segurança é feita pelo BBMar. Em agosto do ano passado, foram quatro ocorrências do tipo. Em janeiro de 2015, ocorreram 24 acidentes com caravelas em São Luís, o maior número do ano. Por ser período de férias, o mês registra um grande fluxo de banhistas.

De acordo com o capitão Thiago Sousa, por causa dos ventos mais fortes do período de setembro a dezembro os animais acabam sendo trazidos para a faixa de areia, o que facilita a ocorrência dos acidentes. “As crianças são as mais atingidas porque elas se atraem pela coloração das caravelas e águas-vivas e ao tocá-las acabam se queimando”, afirmou.

Diferente das águas-vivas, as caravelas são animais sem mobilidade própria. Elas são transportadas pelas correntes marinhas, mas por causa dos ventos acabam parando na areia, onde as crianças costumam brincar.

Cuidados

Mas é na água que acontecem a maioria dos contatos entre banhistas e caravelas ou águas-vivas. As águas-vivas e caravelas possuem estruturas semelhantes, com a parte de cima do corpo gelatinosa, no caso da água-viva,ou como uma bolha flutuante, no caso da caravela. O ideal é que os pais orientem seus filhos a respeito da presença destes animais na água do mar e que, ao avistá-los, afaste-se ou deixe o mar. “As crianças são atraídas por causa do formato desses animais, que provocam a curiosidade delas, e acabam se queimando ao tocá-los”, informou o capitão Thiago Sousa.

Os animais não atacam os banhistas, apenas disparam seu mecanismo de defesa quando em contato com a pele humana ou com outros animais. Esse mecanismo está nos tentáculos, que concentram células urticantes causando queimaduras graves na pele das pessoas. “Por isso, os banhistas devem ficar atentos e nunca tentar tocar nesses animais”, frisou o oficial do BBMar.

Os efeitos das queimaduras causadas pelo contato com caravelas podem causar lesões de 1º, 2º e 3º grau, além de parada respiratória, queda de pressão, calafrios e dores articulares. “Em caso de acidente, o banhista deve colocar vinagre na área atingida, pois o vinagre neutraliza a toxina liberada pelo animal. Essa é uma recomendação do Ministério da Saúde”, indicou o capitão Thiago Sousa. Após os incidentes, também é importante buscar atendimento médico e informar ao oficial do BBMar que estiver na praia para que ele preste os primeiros atendimentos.

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Caravelas - têm o corpo gelatinoso, de cor roxo-azulada, com uma parte semelhante a uma bexiga, visível acima da linha da água. Os tentáculos podem ter até 30 metros e são muito urticantes. Nos casos mais graves, provocam câimbras, náuseas, vômitos, desmaios, convulsões, arritmias cardíacas e problemas respiratórios. Em caso de contato, remova os tentáculos com luvas, pinças ou lâminas; não esfregue o ferimento; aplique compressas de água do mar gelada ou bolsas de gelo; utilize compressas de vinagre; não lave com água doce, nem use álcool ou urina; procure auxílio médico.

Águas-vivas - são gelatinosas, com aspecto de guarda-chuva ou prato. Possuem tentáculos urticantes. Nadam na água, geralmente em grupo. A maioria é pequena e inofensiva. Podem causar desde dermatites discretas até lesões intensamente dolorosas e necrose da pele. Em geral, causam os mesmos problemas provocados por caravelas e o procedimento, em caso de lesão, é aplicar bolsas de gelo, vinagre e procurar auxílio médico. Assim como no caso da "queimadura" por caravela, a água doce pode agravar os sintomas.

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