Manifestação

Central sindical argentina anuncia greve geral de 24 h para outubro

País sofre com uma queda de 1,7% do PIB no primeiro semestre deste ano; trabalhadores reclamam

Atualizada em 11/10/2022 às 12h45

Buenos Aires - A principal central sindical argentina, a CGT (Confederação Geral do Trabalho), convocou uma greve geral de 24 horas para outubro devido à falta de respostas do governo de Mauricio Macri a suas demandas.

Os trabalhadores reclamam da situação econômica do país, que sofre com uma queda de 1,7% do PIB no primeiro semestre deste ano, inflação de 31% de janeiro a agosto e desemprego de 9,3%.

A CGT não informou a data em que a greve ocorreria. Na próxima quinta-feira (29), os dirigentes se reunirão com o ministro da Fazenda, Alfonso Prat-Gay, o que levou a imprensa local a dizer que o anúncio da paralisação seria mais uma forma de pressionar o governo antes do encontro.

Mais fortes que os brasileiros, os sindicatos argentinos têm grande poder de influenciar as decisões políticas e parar o país. Prova disso é que o próprio presidente Macri já recebeu os dirigentes das principais centrais para negociar reajustes de salários.

Uma das explicações para a importância dos sindicatos argentinos é o grande volume de filiados. Dos trabalhadores formais, cerca de 40% são ligados à alguma entidade de trabalhadores —no Brasil, esse índice não chega a 20%.

Os sindicatos argentinos também são ricos, têm universidades, hotéis, meios de comunicação e, principalmente, um sistema de saúde próprio.

Na história do país, greves gerais conseguiram enfraquecer governos já debilitados, sobretudo os de presidentes não peronistas, como é o caso de Macri.

Raúl Alfonsín (1983-1989) enfrentou 13 paralisações e Fernando de la Rúa (1999-2001), nove. Nenhum deles terminou o mandato.

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