Sondagem industrial

Produção cresce nas grandes indústrias, aponta a CNI

Expectativas dos empresários para a demanda, as exportações e a compra de matérias-primas nos próximos seis meses são positivas; mesmo assim, as perspectivas são de novas reduções no número de empregados

Atualizada em 11/10/2022 às 12h45

Depois de 21 meses de queda, a produção da indústria brasileira parou de cair. O índice de evolução da produção ficou em 50,8 pontos em agosto. Foi a primeira vez desde novembro de 2014 que o indicador ficou acima dos 50 pontos, informa a Sondagem Industrial, divulgada nesta quinta-feira, 22, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

A boa notícia é resultado da melhora do desempenho das grandes empresas, segmento em que o índice de evolução da produção subiu para 54,4 pontos em agosto. Nas pequenas indústrias, o indicador ficou em 46 pontos e, nas médias, alcançou 48,5 pontos. Os indicadores da pesquisa variam de zero a cem pontos. Quando estão acima de 50 são positivos.

Com a estabilização da produção e os estoques dentro do planejado, o índice de utilização média da capacidade instalada da indústria ficou em 66% no mês passado, o mesmo registrado em agosto de 2015. Embora a ociosidade continue alta, foi a primeira vez desde abril de 2014 que a utilização da capacidade instalada não caiu na comparação com o mesmo mês do ano anterior, observa a pesquisa. Nas grandes indústrias, o indicador alcançou 71% em agosto.

"Uma boa parcela das grandes empresas são exportadoras e não dependem apenas da demanda interna. Além disso, em agosto começam as encomendas para o fim de ano. Como os estoques estão ajustados, qualquer aumento na demanda, mesmo pequeno, exige um incremento na produção", afirma o economista da CNI Marcelo Azevedo.

Futuro

A Sondagem Industrial mostra ainda que as perspectivas para os próximos seis meses continuam positivas. Com exceção do emprego, todos os indicadores de expectativas ficaram acima dos 50 pontos em setembro, mostrando que os empresários esperam o aumento da demanda, das exportações e das compras de matérias-primas.

"Contudo, a expectativa de novas reduções no número de empregados se mantém", afirma a pesquisa. O índice de expectativa de número de empregados ficou em 47,9 pontos em setembro, abaixo da linha divisória dos 50 pontos que separa as previsões positivas das negativas.

Investimentos

As perspectivas mais otimistas influenciaram a intenção de investimentos dos empresários. O índice de intenção de investimentos aumentou 1,4 pontos em setembro frente a agosto e alcançou 43,4 pontos.

"Nos últimos cinco meses, o índice mostra tendência de crescimento. No período, o indicador cresceu 4,4 pontos", informa a CNI. Mesmo assim, o índice está 4,4 pontos abaixo da média histórica, que é de 47,8 pontos. O indicador varia de zero a cem pontos. Quando maior o índice, maior é a intenção de investir.

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