Eleições 2016

Eliziane Gama apresenta propostas e cita aliança com João Castelo em entrevista

Candidata da coligação “São Luís de verdade” foi a primeira entrevistada da série do JMTV 1ª edição, da TV Mirante; hoje o entrevistado será o prefeito Edivaldo Holanda Júnior

Gilberto Léda

Atualizada em 11/10/2022 às 12h45
(Eliziane Gama entrevistada na TV Mirante)

A deputada federal Eliziane Gama (PPS), candidata a prefeita de São Luís pela coligação “São Luís de verdade”, abriu ontem a série de entrevistas que serão realizadas com todos os postulantes ao cargo de prefeito da capital maranhense no JMTV 1ª Edição, da TV Mirante. A ordem das entrevistas foi definida por sorteio, com a participação de representantes de todos os candidatos. O entrevistado de hoje será o prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT), da coligação “Pra seguir em frente”.

Durante 15 minutos, a popular-socialista falou de propostas, criticou a gestão do atual prefeito, Edivaldo Holanda Júnior (PDT), e comentou o arco de alianças que levou para a sua coligação o deputado federal João Castelo (PSDB), a quem fez dura oposição quando ele comandava o Executivo municipal.

Para a candidata, duas ações devem ser pensadas de imediato para garantir saúde financeira ao Município e capacidade de investimento, mesmo em ambiente de crise: parcerias com a iniciativa privada e melhoria da arrecadação.

“Ao mesmo tempo em que a gente vive essa crise, São Luís não consegue ter inteligência fiscal”, disse, comparando a arrecadação de ISS da atividade portuária em São Luís e em Santos. “Enquanto São Luís arrecada 30% do ISS da atividade portuárias, Santos arrecada 60%”, completou.

Segundo ela, tributar mais empresas maiores e cobrar impostos do sistema financeiro também deve garantir mais recursos em caixa.

“Tributando mais as grandes empresas, os grandes devedores [para ter mais arrecadação]. O sistema financeiro em São Luís não paga imposta há 12 anos. Isso significa muita perda de dinheiro”, comentou.

O planejamento do nosso governo vai ser feito com a população”Eliziane Gama, candidata a prefeita pela coligação “São Luís de verdade”
Máquina - Gama também defendeu o enxugamento da máquina pública, para garantir mais eficiência. E citou a relação com a Câmara Municipal, para a qual há, segundo ela, cinco secretarias diferentes. “Mas metade da Câmara nunca falou com o prefeito nos últimos dois anos”, ressaltou.

“Nós vamos ter que aglutinar essas secretarias para ter uma eficiente, e para falar com os vereadores. Reduzindo sem cortar nenhum tipo de atividade”, reiterou.

Sobre seu arco de alianças, a deputada comentou especificamente o apoio que recebera deJoão Castelo, mesmo depois de ter sido, nas palavras dela, “opositora ferrenha” do tucano até 2012, quando ele era o prefeito e tentava a reeleição.

Gama destacou que ter recebido o apoio do ex-prefeito foi motivo de felicidade, porque isso comprovaria que, mesmo após as divergências políticas, não teriam restado mágoas pessoais.

“Eu fiquei um tanto preocupada porque o João Castelo, por exemplo, eu fui opositora a ele, ferrenha, em 2012. E quando eu tive da parte dele, de que ele apoiaria essa aliança, eu tive uma felicidade em saber que eu fiz uma oposição com muita responsabilidade. Não resultou mágoas (sic). Acima de tudo resultou uma aliança que vai ser boa para São Luís”, destacou.

MAIS

Durante a entrevista, Eliziane Gama disse que, se eleita for, não haverá espaço para corrupção no seu governo – que terá, ainda, um setor de transparência atuante. “Seremos intolerantes [com a corrupção]. Por isso teremos um sistema de transparência público muito arrojado”, afirmou.

Candidata apresentou propostas para Saúde, Mobilidade e Educação

A candidata Eliziane Gama aproveitou a entrevista para citar propostas de governo em pelo menos três áreas: saúde, educação e mobilidade urbana.

Para a saúde, a ideia é ampliar o número de equipes do Programa de Saúde da Família em atuação na capital. Ela citou números.

“Nós vamos investir na atenção básica. Em 2008 a expectativa era que a gente tivesse em São Luís, pelo menos, 280 equipes de Saúde da Família. Hoje a meta é ter 500, nós só temos 100. Nós vamos ampliar as equipes de Saúde da Família”

Para a mobilidade, a partir da captação de recursos do Governo Federal e de empréstimos – o “a Prefeitura tem lastro para isso”, garante ela –, a popular socialista promete a construção de um novo corredor de transporte.

“Não adianta hoje fazer coisas paliativas. O que temos hoje foi construído nos anos 70 por Haroldo Tavares que pensou a cidade para além do seu tempo. Nós precisamos pensar nossa cidade para além do nosso tempo. Vamos implantar o novo corredor de transporte, utilizando a continuidade do prolongamento da Via Expressa. Não tem outra saída”, explicou.

Na área de educação ela citou a ampliação da oferta de aulas de línguas estrangeiras nas escolas públicas municipais e a implantação de escolas no Centro Histórico.

Para a candidata, ela pode ser prefeita de São Luís porque viveu na infância a realidade que muitos dos ludovicenses encaram hoje em dia.

“Tive que enfrentar filas nas nossas centrais de marcações de consultas, para poder conseguir uma vaga nos nossos hospitais, eu tive que andar muito de ônibus, em ônibus superlotados. Eu estudei durante toda a minha vida na escola pública. Então eu tenho todo um histórico de luta e eu vejo que minha experiência de vida, tudo o que eu senti e o que eu tenho hoje, são elementos muito importante para eu, a partir do mandato de prefeita de São Luís, fazer e trazer a transformação que a nossa cidade precisa”, argumentou.

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