O clima tenso voltou ao sistema penitenciário maranhense. No sábado, 17, mais uma situação anormal foi registrada, desta vez no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís. Os detentos da Unidade Prisional de Ressocialização (UPR) São Luís 6 tentaram escapar. A fuga não foi concretizada porque os agentes penitenciários descobriram o plano dos apenados.

O túnel foi descoberto na cela 8, do pavilhão Beta do UPR 6 (que é o antigo Centro de Detenção Provisória (CDP). Doze detentos estavam na cela prontos para fugir, mas foram descobertos antes que deixassem o local. Alguns dos apenados já estavam dentro do túnel.

Por meio de nota encaminhada no fim da manhã de ontem, a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) confirmou o incidente e informou que a Supervisão de Segurança Interna (SSI) interceptou a fuga dos detentos. A secretaria informou ainda que os 12 apenados serão submetidos a um Processo Disciplinar Interno (PDI) a ser apreciado pelo Poder Judiciário.

Ocorrências
No dia 5 deste mês os apenados da antiga Central de Custódia de Presos de Justiça (CCPJ) de Pedrinhas, que hoje é a UPR São Luís 3, tentaram se rebelar, mas foram contidos pela polícia e agentes penitenciários. Não houve registro de feridos.

Na ocasião, uma mulher, cujo nome não foi revelado, teria tentado entrar com droga no presídio, mas foi descoberta durante a revista. Ela foi presa e conduzida para a delegacia. Os internos da unidade prisional, ao tomarem conhecimento da prisão, começaram a fazer barulho e a jogar objetos para o corredor e sobre os agentes e monitores do presídio. Alguns apenados ainda tentaram realizar um quebra-quebra dentro das celas, mas com a chegada da polícia e a ação dos agentes e monitores a situação foi controlada.

Alguns dias antes, no dia 2, Daniel Sá Meneses Licar e Iago Henrique fugiram da UPR 6 quando realizavam um serviço de pintura na parte externa da unidade prisional. Na ocasião, a Seap comunicou à Corregedoria do Sistema Prisional do Maranhão a prática indisciplinar denominada “abuso de confiança” cometida pelos internos. l

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