Protesto

Feirantes fazem protesto na Cidade Operária

Manifestantes querem recuperação da via de acesso ao espaço de comércio de grande fluxo de consumidores

Atualizada em 11/10/2022 às 12h45

Os feirantes da Cidade Operária interditaram, na manhã de sexta-feira, a entrada da feira do bairro. Ele utilizaram o próprio material das suas bancas para impedir o fluxo de veículos na Avenida Arterial Este, que é a principal via de acesso ao mercado. Eles dizem que a rua está esburacada, e que por isso não existe mais condições de trabalho ou tráfego pela rua, que também é uma das mais importantes da região.

A situação é tão grave, dizem os feirantes, que a vida dos comerciantes e dos consumidores está comprometida. Como exemplo, eles dão a morte que ocorreu no mês passado, onde um homem, havia acabado de comprar bananas em uma banca e foi atropelado por um carro, que teria se desviado de um buraco.

"As ruas estão esburacadas, os carros passam por cima do meio-fio. Tem que mandar arrumar, de qualquer jeito”, conta o cabeleireiro Evandro Catinguelê. O feirante Clóvis Henrique Reis vai além em sua denúncia. Ele diz que trabalha no local desde 1982 e poucas vezes viu reforma nas vias da região.

“Quando muito colocam asfalto fino, que logo é corroído pela água e pelo grande fluxo de veículos. Os ônibus quase viram quando andam por aqui, os carros pequenos têm de desviar e quase passam por cima das pessoas. A gente precisa de asfalto novo e quer o apoio do prefeito”, ressaltou o feirante.

A Avenida Arterial Este da Cidade Operária está cheia de buracos e lama. Em alguns pontos chega a se formar um pequeno lago e os feirantes brincam que no local já dá até mesmo para criar peixes e caranguejos, devido à profundidade do buraco.

A via tem problemas históricos, que parecem que nunca serão resolvidos, tais como a invasão dos feirantes. Há alguns anos que o local foi invadido por diversas barracas, muitas instaladas até mesmo no meio da via, deixando o local quase intrafegável.

O esgoto também toma de conta da região, e a água podre se mistura ao lixo acumulado próximo às bancas, atraindo insetos e roedores, além de afastar os clientes.

Ainda existe o problema da segurança. Em 2015, oito pessoas fo­ram assassinadas dentro da feira. E viciados em drogas, principalmente crack, rondam constantemente o local e até mesmo se apossam de pontos abandonados para consumir entorpecentes ao ar livre, enquanto incomodam os clientes e comerciantes.

Semosp

Em nota, a Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Semosp) informou que já beneficiou diversas ruas da Cidade Operária, por meio do Programa Mais Asfalto, uma parceria da Prefeitura de São Luís com o Governo do Estado.

A Semosp comunicou, ainda, que segue trabalhando na região da Cidade Operária e que enviará uma equipe à via abordada na reportagem para fazer o levantamento da situação existente e adotará as medidas necessárias para solucionar os problemas constatados.

Mais

Feirantes poderão fazer outra manifestação no dia 19

Os feirantes prometem, para segunda-feira, 19, uma manifestação ainda maior, caso não sejam atendidos. Eles vão fechar as principais ruas do bairro, logo de manhã cedo, impedindo o fluxo de veículos no horário de maior tráfego.

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