A greve dos bancários chega hoje,16, ao décimo primeiro dia no Maranhão. Em assembleia realizada no início da noite de ontem, na sede da categoria – localizada na rua do Sol, Centro –, os trabalhadores rejeitaram a última proposta encaminhada pelos empresários: reajuste de 7%. Até o fechamento desta edição, nenhuma nova proposta foi apresentada.
A oferta dos banqueiros foi 2,5% inferior à proposta dos bancários, que querem, no mínimo, a reposição da inflação registrada entre setembro do ano passado e agosto deste ano, avaliada em 9,5%. De acordo com os bancários, sem uma oferta de aumento salarial que atenda aos interesses da categoria a greve continuará.
Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários do Maranhão (Seeb), Eloy Natan, a proposta de 7% apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) é considerada irrisória e insuficiente. “Além de não repor a inflação de 9,57%, impõe, ainda, perdas de 2,57% aos salários dos bancários”, explicou o dirigente.
Além da elevação nos vencimentos, os bancários ainda exigem o repasse do abono de R$ 3,3 mil. Outras reivindicações dos trabalhadores são a promoção de novos concursos para a contratação de funcionários e isonomia. “ São pedidos justos e que atendem os mínimos interesses dos bancários no estado”, afirmou o presidente do Seeb.
Por causa da greve, a maior parte das agências dos bancos públicos está com as atividades suspensas. Já algumas agências de bancos privados mantêm as atividades. Quem deseja, por exemplo, efetuar o pagamento de contas deve utilizar os serviços de internet banking ou os caixas eletrônicos. Outra opção é recorrer às casas lotéricas.
Em todo o Brasil, 10.054 agências e 54 centros administrativos tiveram as atividades suspensas. No ano passado, a greve dos bancários durou 21 dias e, na ocasião, os bancários conseguiram um reajuste de 10%, com ganho real de pouco mais de 0,11%.
Frase
“ São pedidos justos e que atendem os mínimos interesses dos bancários no estado”,
Eloy Natan
Presidente do Sindicato dos Bancários do Maranhão
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