Agentes de endemias

Agentes de endemias sem vale-transporte

Informação foi confirmada ontem a O Estado pelo sindicato da categoria

Thiago Bastos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h45
Agentes de endemias trabalham em ruas de São Luís
Agentes de endemias trabalham em ruas de São Luís (Agentes)

Os agentes de endemias, em São Luís, estão sem receber o benefício do vale-transporte há quatro meses. A informação foi confirmada na tarde de ontem a O Estado pela direção do sindicato da categoria. Até o fechamento desta edição, os débitos com os profissionais ainda não haviam sido quitados.

De acordo com um agente de endemia que preferiu não ser identificado e que trabalha há dez anos na função na capital maranhense, a situação é inédita e causa insatisfação nos trabalhadores. “ Nunca passei por isso, desde que fui efetivado no quadro de funcionários dos agentes. É uma situação que incomoda, já que compromete as finanças todo mês”, disse.

Ele informou ainda que o Sindicato dos Agentes de Endemias do Maranhão não tomou providências formais, mesmo quando recebeu a informação sobre o atraso no vale-transporte. “ A direção do sindicato que responde por nós não faz nada, já sabe desta situação, mas não toma nenhuma providência. Como é que a gente é protegido deste jeito? ”, reclamou.

Por outro lado, o vice-presidente do Sindicato dos Agentes de Endemias do Maranhão, Jordel Lima, entrevistado por telefone na tarde de ontem (15), disse que já existe uma promessa da Secretaria Municipal de Saúde (Semus) em quitar a dívida. “ Inclusive, seria até hoje [ontem] que o valor seria pago. Até estou estranhando a informação de que o sindicato não fez nada”, disse.

Mesmo com a dívida, até o momento, os agentes de endemias descartam qualquer suspensão das atividades. Nos últimos meses, a capital maranhense apresentou índices altos de transmissão do mosquito Aedes Aegypti, vetor foco do trabalho dos agentes na cidade.

Em 2014, o Município autorizou seletivo com 551 vagas para a contratação de novos agentes de epidemiologia e comunitários de saúde. A alegação, à época, é que o efetivo atuaria no controle de doenças, como a dengue, na cidade. Apesar da medida, o número de casos de dengue, por exemplo, chamara a atenção no primeiro semestre. De acordo com dados da Secretaria Estadual de Saúde (Semus), de janeiro a junho de 2016, foram confirmadas 2.467 ocorrências da doença.

O Estado encaminhou, na tarde de ontem, e-mail para a assessoria de comunicação da Prefeitura de São Luís para cobrar explicações sobre o débito com os agentes de endemias. Até o início da noite de ontem, nenhuma resposta foi repassada.

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