Lava Jato aponta Lula como chefe do esquema Petrolão

Promotores convocaram coletiva de imprensa para anucnair que denunciarão o ex-presidente, sua mulher e outras seis pessoas

Atualizada em 11/10/2022 às 12h45

A força-tarefa da Lava Jato, em coletiva de imprensa na tarde de ontem, detalhou a denúncia contra o ex-presidente Lula, sua mulher Marisa Letícia e mais seis pessoas, destacando o funcionamento do que chamou de "propinocracia". O procurador Deltan Dallagnol, que deu início à coletiva tentando responder a críticas contra o trabalho da operação, apontou que Lula é o "comandante máximo do esquema de corrupção".

Depois de mostrar um balanço de todas as ações da Operação Lava Jato, Dallagnol destacou que chega-se hoje ao "topo" do esquema. Ele procurou ressaltar que o Ministério Público Federal "não está julgando quem Lula foi ou é como pessoa, o que ele fez ou não pelo povo brasileiro", e que o mesmo vale para o Partido dos Trabalhadores (PT).

O procurador também respondeu a críticas sobre o número de prisões da operação, buscando justificar que um pequeno número de presos ainda está sem sentença, oito acusados, e que "prisões não são feitas para forçar colaborações", pois 70% dos acordos de colaboração foram firmados com réus soltos. Para Dallagnol, as críticas à Operação Lava Jato são "absolutamente genéricas". "Se existe abuso, qual é o caso?"

O ex-presidente Lula, sua mulher Marisa Letícia e mais seis pessoas foram denunciadas à Justiça pela primeira vez nesta quarta-feira (14), na Operação Lava Jato. A denúncia inclui também o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, e o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro, além dos ex-executivos da empreiteira Agenor Franklin Magalhães Medeiros, Paulo Roberto Valente Gordilho, Fábio Hori Yonamine e Roberto Moreira Ferreira.

Os procuradores afirmam que o ex-presidente recebeu vantagens indevidas referentes à reforma de um tríplex em Guarujá (SP) feita pela empreiteira OAS. De acordo com o MPF, a reforma foi oferecida a ele como compensação por ações do ex-presidente no esquema de corrupção da Petrobras.

O MPF investiga ainda se as obras realizadas pela Odebrecht em um sítio frequentado pela família de Lula em Atibaia (SP) também consistem em vantagens indevidas recebidas pelo petista. No entanto, nenhum representante dessa empreiteira foi incluído na denúncia.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.