Focos de queimadas em SL

Bombeiros registram 20 focos de queimadas por dia em São Luís

A maioria dos incêndios são criminosos e colocam em risco a saúde da população e a preservação do meio ambiente

Atualizada em 11/10/2022 às 12h45
Terreno localizado no Caolho foi alvo de queimada na tarde de domingo
Terreno localizado no Caolho foi alvo de queimada na tarde de domingo (Terreno)

SÃO LUÍS - Com o tempo seco, sem chuva e o vento, a vegetação fica mais vulnerável a incêndios e favorece os registros de queimadas em terrenos baldios, nesta época do ano. Na Ilha de São Luís, pelo menos 20 focos de queimadas são registrados diariamente pelo Corpo de Bombeiros este ano, a maioria incêndios criminosos que colocam em risco a saúde da população e a preservação do meio ambiente.

No domingo, dia 11, o Corpo de Bombeiros atendeu dois chamados de queimada. Um em um bambuzal na Rua Rio Claro, no Olho d’água, e outro em uma vegetação nas dunas ao longo da Avenida Litorânea. Mas estes foram apenas dois dos focos de incêndio que ocorreram em São Luís no domingo. Segundo Batalhão de Bombeiros Ambiental (BBA), em média têm sido registrados de 20 a 25 focos de queimadas na Ilha de São Luís e seu perímetro urbano, como o Campo de Perizes, já na região continental do Maranhão.

O comandante do BBA, tenente-coronel Guterres, informou que a maioria dos focos de incêndios registrados são criminosos. “Esse período ocorrem mais focos de queimadas por causa da baixa umidade do ar, do tempo seco e das poucas chuvas. Mas muitas vezes esses incêndios são provocados por causa de pontas de cigarros jogadas no meio do mato ou pela queima proposital para roçado ou outro fim iu, na maioria dos casos, com intenção criminosa”, disse.

O tenente-coronel Guterres alertou ainda para o fato de que alguns acidentes podem ocorrer até mesmo com pequenas queimadas, entre eles, as queimaduras e os problemas respiratórios provocados ou agravados com a fumaça. Outro problema grave que comumente preocupa a população de bairros onde a queima de vegetação em terrenos baldios é constante é o perigo do fogo atingir as residências vizinhas a estes terrenos.

Mas não é apenas para a saúde das pessoas que as queimadas trazem riscos. O meio ambiente também sofre com esta prática. “Após uma queimada o terreno fica mais suscetível à erosão. Além disso, a queimada pode causar a mortandade de animais. Felizmente, em São Luís, não temos queimadas de grandes proporções, mas no interior do estado estas ocorrências costumam ser mais graves”, comentou o comandante do BBA.

Mortes

Os insetos são os primeiros a perderem suas vidas em consequência do calor e da fumaça. Também ovos, que foram postos em árvores, são destruídos. As aves podem salvar-se, outros animais têm um sistema de alerta de ameaça e geralmente são capazes de migrar para longe do perigo. Já o solo, sem vegetação para estabilizá-lo, fica suscetível de ser lavado pela água da chuva, especialmente em áreas inclinadas.

O tenente-coronel Guterres orientou os lavradores, que precisam fazer queimadas para iniciar o roçado da forma mais adequada de fazê-lo sem trazer grandes riscos para a comunidade e o meio ambiente. Primeiro é necessário informar e pedir autorização dos órgãos ambientais.

Os vizinhos também devem ser informados da queimada. O horário da queima deve ser escolhido com cuidado. O ideal é fazê-lo no fim da tarde ou início da noite quando a temperatura está mais amena. Ter equipamentos de controlo de chamas por perto também é fundamental.

Maranhão

Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), de 1º de janeiro a 12 de setembro deste ano, foram registrados quase 10 mil focos de queimadas foram registrados no Maranhão. Somente em setembro, foram quase 2 mil focos. A cidade de Mirador, aparece no ranking das 10 cidades brasileiras com mais focos de queimadas em 2016.

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