SÃO LUÍS - Da noite para o dia, um grupo de mototaxistas marcou o chão e loteou um pedaço da travessa nove, esquina com a Avenida Ana Jansen, no São Francisco, e fizeram o seu ponto. Ali, ninguém pode estacionar ou parar qualquer outro veículo, que não seja os pertencentes aos “consorciados”. Não que pudessem antes, já que de acordo com o artigo 181 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) é proibido estacionar nas esquinas e a menos de cinco metros do bordo do alinhamento da via transversal.

Esta não é a única infração que pode ser observada em São Luís. Por todo o canto, as pessoas cometem dezenas de irregularidades, sem sofrerem as sanções previstas em lei. Na Avenida São Marçal foram feitas várias intervenções para se facilitar o fluxo de veículos, tais como a proibição de estacionamento e a retirada dos retornos nos canteiros centrais. Mas, parece que as pessoas simplesmente se esqueceram disso.

No trecho da avenida no Filipinho foram retirados até mesmo os obstáculos que impediam o retorno de veículo em alguns canteiros. No João Paulo, para tentar melhorar o tráfego na área, a Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT) realizou uma operação especial de fiscalização para impedir que condutores estacionassem nas calçadas ou ao longo da Avenida São Marçal, sobretudo das 6h às 8h – horário de pico –, aumentando a fluidez do trânsito e evitando congestionamentos.

Para isso, cones foram colocados ao longo do trecho que ia do Mix Mateus ao 24º Batalhão de Infantaria Leve (24º BIL), e agentes de trânsito ficavam na área orientando os condutores que insistissem em estacionar no local que estavam sujeitos a multa e até reboque do veículo.

Como a operação não teve continuidade, a avenida voltou a ser usada como local de estacionamento por quem trabalha ou compra no comércio da região. Até mesmo caminhões de grande porte estacionam na avenida e descarregam seus produtos. Sem falar aqueles motoristas que estacionam nas calçadas.

Mais irregularidade pode ser vista no antigo retorno da Avenida dos Portugueses, em frente à Capela de São Pedro, que foi fechado na última intervenção realizada pela prefeitura de São Luís. Motociclistas e até mesmo motoristas afastam os obstáculos colocados no local e fazem a volta para irem para a região Itaqui-Bacanga de forma irregular.

O vendedor de cocos Jeronimo Silva, que trabalha ali perto, conta que a todo momento as pessoas fazem isso e piora nos fins de semana. Apenas uma vez, um agente de trânsito perseguiu um motociclista e conseguiu aplicar uma multa. Mas foi só.

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