Doenças da estiagem

Pacientes com enfermidades típicas da estiagem lotam UBSs

Unidades Básicas de Saúde recebem enfermos, principalmente crianças e idosos, com sintomas de asmas, rinites e faringoamigdalites

Atualizada em 11/10/2022 às 12h46
Idoso é o pacientes mais frequente na Unidade Básica de Saúde
Idoso é o pacientes mais frequente na Unidade Básica de Saúde (Idoso)

Unidades Básicas de Saúde (UBSs) estão com grande demanda de pacientes com enfermidades típicas do período de estiagem. Desde julho o volume de chuvas começa a diminuir em São Luís e a capital entra no seu período de estiagem, que tem o mês de outubro como ápice, sendo o mais seco do ano. Com o clima mais seco e quente os problemas respiratórios surgem e afetam a população.

Com isso, nas UBSs, os médicos registram um acréscimo na quantidade de pacientes, principalmente crianças, apresentando sintomas como febre, dor de cabeça, tosse e nariz congestionado. Os profissionais de saúde recomendam que se os sintomas forem graves o ideal é procurar atendimento profissional.

De acordo com o médico da Unidade Mista do Itaqui Bacanga, Luiz Gonzaga Júnior, depois que as chuvas passam o tempo fica mais seco e quente as doenças que mais surgem são chamadas as infecções de vias aéreas superiores. “São as asmas e rinites, sinusites, faringoamigdalites e outras. Isto acontece porque a umidade do ar diminui, aumentando o surgimento destas doenças”, afirma.

O maior malefício da baixa umidade do ar é a desidratação das células, principalmente da pele e das mucosas. Narinas e olhos ressecados, cansaço e dor de cabeça são sintomas que podem aparecer quando faltam água e sais minerais no organismo. Com o tempo seco cresce a prevalência de doenças como rinite e conjuntivite alérgicas, pois os agentes causadores das alergias – como poeira, poluição e pelos de animais – ficam mais tempo suspensos no ar.

Ainda segundo médico, crianças menores de 5 anos e idosos acima de 70 anos são os que mais apresentam estas doenças. “Crianças e idosos são os mais afetados porque sua resposta à mudança de clima é menos apropriada porque o organismo deles é mais frágil ao tempo quente e seco”, explica.

Por isso, é preciso ficar atento a sintomas como espirros, olhos avermelhados, garganta inflamada, falta de ar, dificuldade para respirar, desconforto torácico, pequenos ferimentos na mucosa nasal e tosse noturna. “Com o ar mais seco a pessoa tem mais dificuldade para respirar e isso pode causar desconforto e até pequenos ferimentos na mucosa nasal. Quem tem asma tende a apresentar mais crises respiratória e falta de ar’, informa Luiz Gonzaga Júnior.

Para tentar evitar o surgimento destas doenças algumas medidas simples devem ser tomadas como colocar uma bacia com água no quarto, pois ao evaporar a água umidifica o ar do ambiente, melhorando a respiração. “Soro soro fisiológico pode ser usado para lavar o nariz e fazer nebulização, pois isso umidifica a mucosa nasal”, indica o médico. Na respiração, o organismo precisa de água para umedecer o ar que entra no corpo. Sem a umidade, o muco, que ajuda a proteger o organismo de infecções, fica muito espesso e não consegue limpar as vias aéreas adequadamente. Quem não se hidrata corretamente também corre risco de contrair viroses e infecções bacterianas.

Mas se os sintomas incluírem febre ou falta de ar o ideal é procurar atendimento médico. “Porque pode ser necessário fazer tratamento com oxigenação, nebulização com medicação, além da indicação se remédios para os sintomas agudos, como antiinflamatórios”, afirma.

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Prevenção

Beber pelo menos 2 litros de água por dia, hidratar as narinas com soro fisiológico, pingar colírio, espalhar toalhas molhadas e bacias de água pelo quarto são algumas medidas para combater as doenças causadas pelo ar seco. A recomendação é procurar um médico apenas se os sintomas permanecerem por mais de uma semana.

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