Ensino Básico

Em 2015, Maranhão não alcançou meta do Ideb

Dados divulgados no dia 8 pelo Ministério da Educação se referem ao Ensino Fundamental II e ao Ensino Médio; apenas quatro estados cumpriram a meta do Ideb na rede estadual

Atualizada em 11/10/2022 às 12h45
Em todo o país, segundo o estudo, o índice alcançado por alunos do ensino médio está estagnado há quatro anos
Em todo o país, segundo o estudo, o índice alcançado por alunos do ensino médio está estagnado há quatro anos (O desempenho de alunos de escolas do país foram avaliadas pelo Ideb)

O Maranhão foi um dos estados que não bateu no ano passado a meta estipulada pelo do Índice de Desenvolvimento do Ensino Básico ( Ideb). Divulgado na quinta-feira, 8, pelo Ministério da Educação (MEC), o Índice mostra que cada vez mais estados têm dificuldade em cumprir as metas projetadas para a educação brasileira a cada dois anos e, consequentemente, para os objetivos traçados para 2021.

O Ideb é um indicador que relaciona o desempenho dos alunos com dados de fluxo escolar. O estudo é realizado a cada dois anos pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e avalia alunos do ensino fundamental da rede pública e do ensino médio de escolas públicas e privadas.

No ano de 2011, 11 estados e o Distrito Federal estavam abaixo da meta. Dois anos depois, em 2013, esse número pulou para 22 e o DF. Em 2015, já são 24 os estados que, assim como o DF, não conseguiram chegar ao índice esperado.

No Ensino Fundamental II (do 6º ao 9º ano), o Maranhão teve um índice de 3,8 pontos, número esse maior que o resultado obtido em 2013, quando o estado ficou com 3,6 pontos. A meta do Ideb é 6. Já no Ensino Médio, em 2015, o estado teve um índice de 3,3 pontos, menor que o índice registrado em 2013, que foi de 3,8 pontos, ou seja, abaixo da meta 6. Apesar disso, o estado foi um dos que mais viu seu Ideb avançar nos anos iniciais do ensino fundamental. O desempenho foi 0,5 ponto maior que em 2013, passando de 4,1 em 2013 para 4,6 em 2015.

Nacional

Em todo o país, segundo o estudo, o índice alcançado por alunos do ensino médio está estagnado há quatro anos, sem qualquer evolução. O indicador está em 3,7 desde 2011. Além disso, desde 2013, está abaixo da média estipulada pelo Ministério da Educação.

Naquele ano, apenas dois estados cumpriram a meta: Amazonas e Pernambuco. Em 2014, a meta era 3,9 e, no ano passado, 4,3. “São índices absolutamente vergonhosos para o Brasil. É uma tragédia para a educação do país”, disse o ministro Mendonça Filho durante a apresentação dos números no último dia 8.

Em relação ao ensino fundamental, o índice mais satisfatório foi o dos anos iniciais (primeiro ao quinto ano), já que a meta de 5,2 foi superada – ficou em 5,5. Mas, na avaliação do MEC, os alunos seguem com deficiências em português e matemática.

Ainda de acordo com o Ideb, do sexto ao nono ano do ensino fundamental, as redes não atingem a meta desde 2013. Em 2013, o objetivo era alcançar o índice de 4,4 mas chegou apenas a 4,2. Em 2015, ficou em 4,5, quando a meta era 4,7. Nesta faixa, a maioria das unidades da Federação ficou abaixo do esperado. Apenas os estados de Pernambuco, Amazonas, Mato Grosso, Ceará e Goiás conseguiram bons resultados.

Por causa dos baixos índices, o ministro da Educação, Mendonça Filho, anunciou que vai pedir urgência na tramitação do Projeto de Lei 6840/2013, que institui a jornada integral e altera o currículo do ensino médio, que apresentou os resultados mais baixos do Ideb.

Apenas quatro estados cumpriram a meta do Ideb na rede estadual. “Os resultados são uma catástrofe para nossa juventude. A reforma no ensino médio é urgente e já passou da hora de oferecermos uma solução adequada para a educação dos jovens”, destacou o ministro.

Mais

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) foi criado pelo Inep em 2007 e representa a iniciativa pioneira de reunir em um só indicador dois conceitos igualmente importantes para a qualidade da educação: fluxo escolar e médias de desempenho nas avaliações. Ele agrega ao enfoque pedagógico dos resultados das avaliações em larga escala do Inep a possibilidade de resultados sintéticos, facilmente assimiláveis, e que permitem traçar metas de qualidade educacional para os sistemas. O indicador é calculado a partir dos dados sobre aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar, e médias de desempenho nas avaliações do Inep, o Saeb – para as unidades da federação e para o país, e a Prova Brasil – para os municípios.

Ideb aponta Liceus Ribamarenses como destaques em educação pública no Maranhão

Diversas outras escolas da rede municipal de ensino de São José de Ribamar superaram a meta nacional

Ribamar - As escolas municipais Liceu Ribamarense I e Liceu Ribamarense II, localizadas em São José de Ribamar, continuam sendo destaque no Maranhão e Brasil no quesito educação pública de qualidade.

As instituições públicas de ensino em tempo integral, de acordo com resultado do Índice Desenvolvimento da Educação (Ideb)divulgado na última quinta-feira, 8 , superaram as metas nacional (4,6 pontos), estadual (4,3) e da rede privada (6,1) estabelecidas pelo Ministério da Educação.

O Liceu I, localizado na sede da cidade, alcançou 7,6 pontos. Já o Liceu II, no Parque Jair, pontuou em 6,2. Outras 20 escolas da rede municipal de ensino de São José de Ribamar superaram a meta nacional.

Os Liceus formam a primeira rede de ensino em tempo integral do estado. Atendem, cada um, 400 estudantes – 320 matriculados no Ensino Fundamental e 80 na Educação Infantil – aprovados em processo seletivo interno. Possuem 10 salas de aula; laboratório de informática com um computador (conectado a Internet) para cada aluno; laboratório de ciências; sala de multimídia; biblioteca com amplo acervo; brinquedoteca; área de vivência; quadra poliesportiva com arquibancada; refeitório; playground; secretaria, sala de professores; cozinha industrial com capacidade para produzir diariamente mais de mil refeições; além de área para estacionamento. São gerenciadas por meio de um sistema informatizado que controla a gestão pedagógica, suprimentos, estoque de material e todos os demais aspectos da administração do estabelecimento de ensino.

Os professores, todos aprovados em concurso público, passaram por processo seletivo interno, foram capacitados para atuar em educação em tempo integral e trabalham em regime de dedicação exclusiva.

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