Eleições 2016

Disputa pelo segundo turno acirra debate entre candidatos a prefeito em São Luís

Embora ainda morno no horário eleitoral, o clima entre aqueles que mostram mais chances de levar a disputa para uma segunda rodada está cada vez mais quente nos bastidores

Marco Aurélio D''Eça - Editor de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h45
Eliziane briga para chegar ao segundo turno
Eliziane briga para chegar ao segundo turno

É cada vez mai quente o clima de bastidores entre os principais candidatos a prefeito de São Luís – Edivaldo Júnior (PDT), Wellington do Curso (PP) e Eliziane Gama (PPS). Com as chances de chegar ao segundo turno bem maiores para eles que para os demais adversários, estes três candidatos têm aumentado o tom das críticas entre eles – senão no horário eleitoral, pelo menos nas redes sociais e grupo de WhatsApp.

O objetivo é se consolidar para uma segunda rodada de votações, que pode garantir a eleição no final de outubro.

Um pouco á frente de Eliziane e Wellington, Edivaldo Júnior tenta se desgarrar e deixar a briga pela segunda vaga entre os dois adversários. Por isso ´qu seus aliados estimulam ora os elizianistas, ora os cursistas, a se digladiarem, forçando uma polarização entre os dois, que o deixará mais à vontade para abrir dianteira.

Diante da “guerra surda” entre Eliziane e Wellington, aliados de Edivaldo já falam até na hipótese de vitória em primeiro turno – o que, para especialistas, é difícil de se concretizar até mesmo no segundo, dado o índice de rejeição do prefeito, na casa dos 37%.

Wellington também sonha com o segundo turno
Wellington também sonha com o segundo turno

Equívoco

A turma que vem mais atrás, no entanto, entende ser um equívoco a postura de Eliziane e Wellington, de deixar Edivaldo sozinho, sem contestação. Para Eduardo Braide (PMN) e Fábio Câmara (PMDB), apesar de o prefeito estar na liderança, suas chances de garantir vaga em um segundo turno são parecidas com a dos demais – inclusive as deles – levando-se em consideração todos os aspectos mostrados nas pesquisas.

“O prefeito precisa ter um contraponto no horário eleitoral; alguém que mostre exatamente o que ele não fez e poderia ter sido feito. Só assim, o eleitor poderá observar melhor as opções disponíveis, o que aumenta a chance de todos”, analisa Braide, que tem pouco tempo de televisão para fazer este contraponto.

Sem o confronto de idéias, de ações e de projetos que deveria marcar o horário eleitoral, Edivaldo vai mantendo-se como garantido no segundo turno, deixando a briga pela segunda vaga entre os dois principais adversários. E esta briga tende a chegar na televisão nas próximas semanas.

Mais

As pesquisas já divulgadas até agora sobre a corrida eleitoral mostram o prefeito à frente, com índices entre 24% e 29% das intenções de voto, uma variação de cinco pontos percentuais, dependendo do instituto. Logo atrás, vem Wellington do Curso e Eliziane, com um ou com outro à frente – e até rigorosamente empatados – dependendo da metodologia. E o chamado segundo pelotão formado por Braide, Fábio Câmara e Rose Sales, todos na casa dos 5% de intenção de votos. Mas ainda acreditando numa arrancada na reta final.

Edivaldo Júnior quer governador como trunfo

Apesar das críticas segundo as quais ele seria uma espécie de preposto do governador Flávio Dino (PCdoB), o prefeito Edivaldo Júnior já disse aos aliados que não pretende abrir mão da presença do comunista no palanque em um eventual segundo turno. Para ele, só a presença do patrono político poderá forçar uma redução em seu índice de rejeição.

Para consolidar seu projeto, Edivaldo já escolheu, inclusive, o adversário ideal para uma segunda rodada de votações: o candidato do PP, Wellington do Curso. Para ele, é mais fácil ter Dino no palanque se o candidato for WC e não a candidata do PPS, Eliziane Gama.

Nas últimas semanas, o que se viu no horário eleitoral e na imprensa foi uma espécie de consórcio firmado entre aliados de Edivaldo e de Wellington para tentar tirar Eliziane do segundo turno.

A candidata do PPS é uma adversária difícil de ser vencida por Edivaldo por que tem relações amistosas com o Palácio dos Leões e conta com apoio de vários secretários de estão, o que impediria a subida de Flávio Dino em palanque.

Com Wellington, que tem entre seus apoiadores o senador Roberto Rocha (PSB), o confronto seria nitidamente de projeto, o que forçaria uma tomada de posição de lado a lado.

Roberto Rocha com Ildon Marques
Roberto Rocha com Ildon Marques

São Luís e Imperatriz acenam para disputa de 2018

Na capital maranhense e na principal cidade da região tocantina os grupos políticos se digladiam abertamente, sabendo que está em jogo o projeto estadual de cada um

O governador Flávio Dino e seus aliados já se posicionaram de um lado. Do outro, estão o senador Roberto Rocha e os seus apoiadores. E no meio deles, ora pendendo para um lado, ora para outro, estão as várias lideranças da atual oposição no estado, que esperam exatamente o fim das eleições de 2016 – em São Luís e Imperatriz - para começar a analisar os cenários.

Flávio Dino com Rosângela Curado
Flávio Dino com Rosângela Curado

O grupo de Flávio Dino tem como candidato em São Luís o prefeito Edivaldo Júnior, hoje vinculado ao deputado federal Weverton Rocha e ao seu projeto de eleger-se senador na chapa comunista de 2018.

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