Governo Temer

Após efetivado, Temer pede “compreensão de aliados”

Discurso do presidente Michel Temer se deu após crítica do senador Aécio Neves, que criticou peemedebistas de votar favorável pelos direitos de Dilma

Atualizada em 11/10/2022 às 12h45

Brasília

Efetivado no comando do Palácio do Planalto, o presidente Michel Temer cobrou ontem, durante entrevista coletiva na China, a "compreensão" dos partidos que integram sua base de apoio no Congresso Nacional e disse que o que mais faz, atualmente, é "discutir a relação com os governistas”.
O peemedebista, que está em viagem à Ásia para encontro de cúpula dos países do G20, fez o comentário ao ser questionado por jornalista sobre declaração do presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), de que Temer deve ter uma "DR" com o PMDB por conta do racha no partido na polêmica votação que permitiu que a ex-presidente Dilma Rousseff venha a ocupar cargos públicos.
Na ocasião, 10 senadores peemedebistas deram votos que ajudaram Dilma a manter os direitos políticos, apesar de ter sido condenada no julgamento do processo de impeachment por crimes de responsabilidade. Oito parlamentares do PMDB votaram para manter a elegibilidade da petista e outros dois se abstiveram, o que beneficiou a ex-presidente, na medida em que eram necessários, no mínimo, 54 votos para inabilitá-la para funções públicas.
Em entrevista ao jornal "O Globo" publicada ontem, além de criticar a postura de parte dos senadores do PMDB na votação final do julgamento de impeachment, Aécio disse que, sem o apoio do PSDB, não existirá governo Temer até 2018.
"Com essa base sólida é que vamos conseguir aprovar questões aparentemente difíceis, mas que produzirão efeitos muito benéficos no futuro. Mais do que base sólida, [precisamos] da compreensão dos partidos que nos apoiam. Até o presente momento, não tenho dúvida dessa compreensão. Não tenho preocupação. Conversar, haveremos de conversar sempre, não tenham dúvida", ressaltou o novo presidente.
Ao ser indagado sobre as cobranças do presidente do PSDB, Temer afirmou que vai "discutir o tempo todo" as queixas e as divisões na base aliada. Ele ressaltou que faz isso "permanentemente", na medida em que é necessário muito diálogo para manter a coesão de uma base com quase 20 partidos, voltando a fazer uma crítica indireta à proliferação de legendaas no sistema político brasileiro.
"O que eu mais faço é discutir a relação. Eu faço isso permanentemente. Também, com uma base com quase 20 partidos, se não fizer isso permanentemente não consegue fazer a base permanecer unida. Quando tiver dois ou três partidos fica mais fácil", disse Temer, ao responder à reclamação de Aécio. l

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