Superlotação

Praça Deodoro está ocupada por bancas do comércio informal

Com a superlotação de vendedores ambulantes, não há mais espaço para aqueles que costumavam frequentar o espaço; hoje, os poucos bancos são usados pelos comerciantes que ocupam o local

Atualizada em 11/10/2022 às 12h45

[e-s001]A Praça Deodoro, no centro de São Luís, é uma das mais movimentadas da capital, pois trata-se de um local de convergência para a maioria das linhas de ônibus que circulam na cidade. Por isso, milhares de ludovicenses dos mais diversos bairros circulam pelo local diariamente. O grande fluxo de pessoas atraiu o comércio, que acabou ocupando a praça, descaracterizando um espaço que deveria ser de convivência entre cidadãos.

Hoje, a Praça Deodoro é ocupada por comerciantes dos mais variados setores. São vendedores de lanche, chips para celular, bancas de revistas, uma tenda para a venda de bijuterias, outra onde é possível comprar ervas e outros produtos naturais e mais recentemente um quiosque de venda de suplementos para nutrição desportiva, também foi instalado no logradouro. Com a ocupação do espaço público pelo comércio, falta espaço para os frequentadores.

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A funcionária pública Inês Moreira reclama da falta de espaço na praça. “Até os bancos que tinham aqui para a população sentar são ocupados pelos vendedores ambulantes. Acho que não tem problema haver comércio na praça, mas precisa ser organizado para ter espaço para todo mundo. Só que aqui já virou bagunça. De espaço de lazer, a praça se tornou um mercado a céu aberto”, diz.

E não é apenas a falta de espaço para sentar que causa indignação aos frequentadores da praça. “Aqui já é uma área bem conturbada por causa do trânsito intenso de ônibus e carros e ainda tem vendedores que colocam som alto, que usam microfone. A gente não consegue se concentrar direito no meio de tanto barulho”, afirma a professora Nice Viana.

Problemas

Muitos dos comerciantes que hoje ocupam a Praça Deodoro têm a autorização da Prefeitura de São Luís. Outros foram transferidos da Praça da Alegria para a Deodoro, quando aquela passou por reforma há cerca de três anos. Há, ainda, comerciantes que se estabeleceram no lugar por conta própria, situação que contribui para o “inchaço” da região.

Além do espaço estar ocupado por vendedores ambulantes, há ainda diversos problemas de infraestrutura no logradouro. Em diversas partes, há buracos no calçamento que oferecem riscos para as pessoas que caminham pelo local. “É feio o estado em que a praça se encontra. Tudo desorganizado e sujo. Uma barulheira. Lembro quando fizeram uma reforma e a praça ficou bem organizada. Hoje, é essa situação”, reclama a dona de casa Áurea Maria Ferreira.

[e-s001]A Praça Deodoro está incluída no projeto de revitalização da Rua Grande, cuja ordem de serviço foi assinada em abril de 2015, mas as obras ainda não foram iniciadas. As obras de requalificação urbanística incluem ainda as praças Deodoro, Pantheon e suas alamedas (avenidas Silva Maia e Gomes de Castro). Para isso, foram feitas diversas pesquisas históricas para que a área retome ao máximo suas características originais. A Praça Deodoro fica em uma área conhecida antigamente como Campo do Ourique que ia até a Rua de Santaninha. Naquela área ficava o antigo quartel da cidade que foi demolido e em sua área foi construído o Liceu Maranhense. Depois, toda a região foi sendo ocupada pelos diversos prédios que existem ali hoje, como a Biblioteca Pública e outros.

O Estado entrou em contato com a Prefeitura de São Luís para saber se há algum projeto de disciplinamento do espaço da Praça Deodoro, mas até o fechamento desta edição não obteve resposta.

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