Decisão

Congresso define paralisação nacional da Polícia Civil

Mobilização será realizada no dia 21 de setembro e contará com os estados filiados à Cobrapol

Atualizada em 11/10/2022 às 12h45
Congresso foi realizado de 25 a 27 deste mês no Hotel Luzeiros, em São Luís
Congresso foi realizado de 25 a 27 deste mês no Hotel Luzeiros, em São Luís (Cobrapol)

SÃO LUÍS - O XVI Congresso Nacional da Confederação dos Trabalhadores Policiais Civis-Cobrapol encerrou no sábado, 27, suas atividades no Hotel Luzeiros, em São Luís, com a definição de uma Paralisação Nacional da Polícia Civil do país.

A paralisação nacional da Polícia Civil será realizada no dia 21 de setembro e contará com a participação dos estados brasileiros que são filiados à Cobrapol, que irão realizar a mobilização contra o Ciclo completo de polícia, a PLP 257, a Unificação das policias, a Reforma da Previdência, a Aposentadoria e a PEC 24, medidas estas que estão tramitando no Congresso Nacional. Em seguida, também será realizada uma caravana em Brasília-DF, no dia 14 de setembro, onde a Cobrapol e os sindicatos filiados ficarão acampados contra o pacote de medidas do Governo Federal.

Como indicação da Cobrapol até o dia 15 de setembro, todos os sindicatos convocarão as Assembleias Gerais específicas em seus Estados para deliberam e mobilizarem à categoria para a paralisação nacional.

“Saímos do Congresso com uma decisão deliberada pela Cobrapol, mas também pelos líderes de entidades do país que estão participando do encontro que decidiram de forma unânime pela realização da Paralisação como forma de aviso aos governadores que na maioria estão insensíveis aos problemas sociais. Será um grito de alerta paralisando as atividades da Polícia Civil por 24 horas, para chamar a atenção da população contra as maldades que atingem diretamente o serviço público e a categoria que estão sendo discutidos no Congresso Nacional”, disse Jânio Gandra, presidente da Cobrapol.

A mobilização não é só de interesses dos Policiais Civis, mas de todos os servidores públicos que também podem ter a retirada de seus direitos. “Estamos fazendo encaminhamentos e fazendo deliberações por conta dos projetos que são prejudiciais a todos os servidores do Brasil e não apenas aos Policiais Civis, que precisam nesse momento se unir e organizar-se para fortalecer a luta para garantir os direitos já consagrados”, disse Heleudo Moreira, presidente do Sinpol-MA.

Para Anderson Amorim, do Sinpol-SC, os policiais civis não podem aceitar as medidas que estão sendo debatidas no Congresso Nacional, pois irão atingir diretamente à categoria e a segurança pública do país. “A unificação hoje é inviável, primeiro devemos evoluir e lá no futuro poderemos discutir, mas antes é necessário passar por essa experiência dentro da própria carreira. A PLP 257 é altamente maldosa por sacrificar o funcionalismo público”, disse.

Difícil
Os policiais civis do estado de Goiás enfrentam uma situação ainda mais difícil. “Estamos discutindo questões pertinentes a todos os sindicatos, como a interferência de outras instituições em nossas atribuições. O nosso sstado passa por um problema seríssimo, o governador querendo reduzir os gastos resolveu reduzir o salário dos policiais civis em dois terços criando dois novos cargos. Assim, ele pretende pagar mil e quinhentos reais onde passaremos a ter o menor salário do país. E se vigorar esse projeto todos os policiais civis do país estarão ameaçados. É um alerta que estamos fazendo aos colegas que estão presente no Congresso e que também estão acompanhando a nossa luta”, disse Paulo Sérgio, presidente do Sinpol-GO.

O encontro foi realizado de 25 a 27 deste mês em São Luís e contou com a participação dos estados do Maranhão, Goiás, Paraná, Espírito Santo, Acre, Pará, Alagoas, Amazonas, Amapá, Ceará, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Sergipe, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rondônia, entre outros.

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