Atualmente, em São Luís, existem 109 crianças e adolescentes em nove abrigos. Muitas delas disponíveis para adoção, porém com remotas possibilidades de colocação em família adotiva por causa de seu perfil: não recém-nascidas, adolescentes, deficientes ou com algum tipo de comprometimento de saúde crônico, grupo de irmãos, entre outros. Para tentar melhorar a situação dessas pessoas, a 1ª Vara da Infância e Juventude de São Luís formalizou ontem o projeto “Juntos Somos Mais”, de apadrinhamento.

O projeto regulamenta iniciativas já desenvolvidas pelas instituições de acolhimento, definindo como modalidades de apadrinhamento o afetivo, o financeiro e o realizado por profissionais prestadores de serviços voluntários. A psicóloga Maria de Lourdes Nobre Sousa, que participou do lançamento do programa e faz parte da Divisão Psicossocial da 1ª Vara da Infância, explica que a medida amplia as possibilidades de contribuição da sociedade civil com as crianças e adolescentes que vivem nas instituições, com as entidades e também com as famílias biológicas dos meninos e meninas atendidos.

A juíza Lícia Cristina Ferras Ribeiro, que responde pela 1ª Vara da Infância e Juventude, ressaltou que muitas pessoas até se interessam pelo apadrinhamento, mas não sabem como proceder. Agora, a Vara da Infância fará o acompanhamento psicossocial para que essas pessoas tenham mais facilidade no processo. Caberá às instituições de acolhimento executarem seus projetos. Os interessados devem procurá-las diretamente.

Além do apadrinhamento, os prestadores de serviços das mais diversas especialidades, que se inscreverem como padrinhos, também passam a integrar um banco de informações e de perfis profissionais, compondo uma rede de apoio que poderá ser acionada de acordo com as necessidades dos abrigos.

APADRINHAMENTO

O padrinho é alguém que se dispõe a auxiliar e acompanhar a vida do acolhido, participando da promoção da saúde, bem-estar, autonomia ou da construção de um projeto de vida do seu apadrinhado.

A pessoa física ou empresa poderá também optar pelo apadrinhamento financeiro (material), sendo um colaborador no atendimento às demandas das crianças e adolescentes, das instituições de acolhimento e de suas famílias biológicas. As pessoas têm ainda a opção de contribuir com seu trabalho, sendo um prestador de serviço voluntário.

Abrigos em São Luís com crianças para apadrinhamento
Casa da Criança Menino Jesus, mantida pelo Tribunal de Justiça do Maranhão
Casa de Passagem (Cohatrac)
Casa Sonho de Criança (Fé em Deus)
Lar Pouso Obras Sociais (Cohab)
Lar de José (Anil)
Educandário Santo Antônio (Anil)
Lar Calábria (Cidade Operária)
Abrigo Luz e Vida (Vinhais)
Casa da Família/ Sociedade Voluntária de Assistência ao Menor (Turu)

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