Impeachment

Dilma poderá levar até 20 pessoas para depoimento em sessão de julgamento

Presidente do Senado, Renan Calheiros, confirmou ter autorizado a presidente afastada a levar ao julgamento do impeachment

Agência Senado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h46
Lula deverá ser um dos seus acompanhantes
Lula deverá ser um dos seus acompanhantes (lula e dilma)

BRASÍLIA - O presidente do Senado, Renan Calheiros, confirmou ter autorizado a presidente afastada Dilma Rousseff a levar até 20 pessoas para acompanhá-la na segunda-feira (29), quando deve falar ao Plenário, na sessão de seu julgamento. Ele disse, porém, não saber se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva estará no grupo.

Renan Calheiros voltou a afirmar que não se decidiu ainda sobre seu voto.

— Sou presidente do Senado. É prudente me conduzir com isenção, equilíbrio, responsabilidade — disse no fim da noite desta quinta-feira (25), perto da suspensão dos trabalhos.

Da mesma forma, ele não opinou sobre a possibilidade de mudança de votos com a presença de Dilma Rousseff no julgamento. Renan disse, porém, que “transformar a sessão de julgamento num confronto político pouco acrescentará para os dois lados”.

Em relação à conclusão do julgamento, o presidente do Senado disse ter uma “expectativa”, mas ressaltou que não poderia fazer previsão, "em respeito ao ministro do STF Ricardo Lewandowski", que preside a atual fase do processo de impeachment.

O presidente do Senado observou, no entanto, que a decisão de Lewandowski de retirar a condição de testemunha do procurador Júlio Marcelo de Oliveira poderá levar a questionamentos semelhantes a outras testemunhas.

A decisão de ouvir Júlio Marcelo como informante — sem compromisso de dizer a verdade — foi tomada após o advogado de defesa de Dilma, José Eduardo Cardozo, apontar o suposto apoio do procurador a manifestações pela reprovação de contas da presidente afastada em junho de 2015.

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