Divisão evangélica

Atualizada em 11/10/2022 às 12h46

A matéria principal desta página de O Estado mostra o projeto de curto prazo do vereador Fábio Câmara (PMDB) nestas eleições: avançar sobre o segmento evangélico, que representa algo em torno de 15% do eleitorado de São Luís. E como pano de fundo, mostra a disputa acirrada entre os dois líderes nas pesquisas, Edivaldo Júnior (PDT) e Eliziane Gama (PPS), ambos oriundos desse segmento.
O último levantamento do Instituto Escutec, divulgado no início de agosto, revelou que Edivaldo e Eliziane disputam voto a voto os eleitores evangélicos de São Luís. Ele, que pertence à Igreja Batista, registrou algo em torno de 28%; ela, nascida e criada na Assembleia de Deus, registrou 26%, um empate técnico entre os dois.
Mas a divisão mostra que nenhum dos dois principais candidatos conseguiu, até agora, conquistar integralmente corações e mentes desse segmento religioso. Edivaldo e Eliziane conseguem envolver menos da metade desse eleitorado, que se dilui entre as demais candidaturas ou estão indecisos.
E é com base nisso que o declaradamente “católico, apostólico romano praticamente” Fábio Câmara resolveu avançar, com o argumento de que ocupará o vácuo deixado pelos dois principais candidatos.
Embora sem poder para decidir, por si só, uma eleição na capital maranhense, o eleitorado evangélico já foi capaz de eleger até quatro vereadores à Câmara Municipal. Também chegou a ter quatro representantes orgânicos na Assembleia Legislativa, logo no início dos anos 2000.
Hoje, essa parcela está menos motivada a se envolver com política, sobretudo pela decepção que os líderes políticos das igrejas registraram nos últimos anos. Tanto que a Assembleia de Deus desistiu de fazer a tradicional escolha dos candidatos que receberiam o apoio oficial da denominação, deixando livre a vontade dos seus fieis. Como sempre deveria ter sido.

Distantes
Chamou atenção da mídia - e até dos adversários - a ausência dos candidatos Elziane Gama e Wellington do Curso (PP) nos dois primeiros dias da semana eleitoral.
Eliziane ficou segunda e terça ausente, cumprindo agenda em Brasília; Wellington se resumiu a atividades na Assembleia e reunião com assessores.
Os passos seguintes de ambos devem apontar atividades mais intensas com o eleitorado a partir de agora.

Alfinetada
O deputado federal José Reinaldo (PSB) usou as redes sociais para pressionar o governo Flávio Dino (PCdoB) a concluir o centro de hemodiálise no Maranhão.
Algumas dessas obras estavam em andamento quando o comunista assumiu, mas foram paralisadas. O caso veio à tona após reportagem do Jornal Nacional.
Em comentário em sua página no Facebook, o socialista afirmou que “essa situação inaceitável” é comovente, mas disse acreditar que o governo dará solução.

Bancada
A bancada maranhense em Brasília reuniu-se na segunda-feira, 22, para definir os rumos de pelo menos R$ 140 milhões em emendas para aplicação no estado.
Participaram da reunião nada menos que 12 dos 18 deputados federais do Maranhão.
Candidata a prefeita de São Luís, a deputada Eliziane Gama (PPS) estava em Brasília, mas não compareceu ao encontro.

Voto de bancada
O senador Roberto Rocha (PSB) garante que a bancada maranhense no Senado vai votar unida no julgamento da presidente Dilma Rousseff (PT).
A questão é que, se for votar unida, os três senadores deverão votar pela saída definitiva da petista, porque o senador Edison Lobão (PMDB) vai votar a favor de Michel Temer.
Pelo menos é isso o que garante o suplente de senador, Lobão Filho, que assumiria no lugar do pai somente para votar contra a presidente Dilma Rousseff.

Os indecisos
Para a mídia nacional, são colocados como indecisos somente Roberto Rocha e João Alberto de Sousa (PMDB).
Eles dois já sentaram com os interlocutores da presidente afastada e também com o próprio presidente Michel Temer, que quer colocar em prática a proposta de Zona Livre no Porto do Itaqui.
Pelos canais de negociação já abertos, Rocha e João Alberto deverão conversar com os interessados até o último momento antes da votação final no Senado.

Tímida
É tímida a campanha eleitoral dos candidatos Valdeny Barros (PSOL) e Cláudia Durans (PSTU).
Ambos ainda conseguem mobilizar as militâncias de seus partidos políticos em pequenas reuniões com sindicatos e estudantes, mas nada com grande repercussão.
Apesar do tempo diminuto no programa eleitoral, a perspectiva é de que as campanhas dos candidatos “ganhem corpo” a partir de amanhã.

Por onde anda?
Já em relação ao candidato Zeluis Lago, do PPL, sequer há notícias.
Zeluis não divulga agenda de campanha, não atua com intensidade nas redes sociais e parece ainda não ter organizado uma assessoria para auxiliá-lo.
Filiado a um partido que não tem a estrutura de uma militância atuante, o candidato parece isolado no processo.

E MAIS

• O candidato do PMDB, Assis Ramos, resolveu comprar briga com o ex-prefeito Ildon Marques (PSB), em Imperatriz, e também impugnou sua candidatura.

• Militantes e candidatos a vereador reclamam que os seguranças da campanha de Edivaldo Júnior estão privilegiando alguns vereadores nas caminhadas em bairros.

• O julgamento da presidente Dilma Rousseff acontece um dia depois do aniversário do suicídio do presidente Getúlio Vargas, ocorrido em 24 de agosto de 1954.

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