Após matéria de O Estado denunciando a ausência de trabalhadores na obra de recuperação da Barragem do Bacanga, em São Luís, os serviços foram reiniciados. Ontem, operários estavam no local realizando os serviços nas comportas e a movimentação de máquinas e veículos dentro do canteiro de obras era intensa.

Na segunda-feira, 22, O Estado publicou uma reportagem mostrando que as obras no local, iniciadas no fim de 2015, estavam paralisadas, conforme denunciaram os pescadores da região. Eles disseram que há vários dias nenhum operário era visto no canteiro de obras realizando os serviços.

No dia 17 de setembro do ano passado, um cabo de aço que sustentava a única comporta em funcionamento na Barragem do Bacanga se rompeu, devido à falta de manutenção da estrutura. Após a queda da comporta, o Governo do Estado iniciou uma operação emergencial para evitar que as áreas próximas fossem alagadas. Uma barreira de pedras foi erguida para evitar a inundação pela maré e o retorno da água do lago formado pela barragem.

Foram anunciadas as obras de substituição das comportas, que aconteceriam em três etapas. A primeira seria o bloqueio do canal, com a utilização de 100 carradas de pedras. Depois ocorreria o resgate e manutenção da comporta e, finalmente, a desobstrução e construção da segunda comporta da barragem, que está desativada e totalmente obstruída há pelo menos 10 anos.

A Secretaria Estadual de Infraestrutura (Sinfra) informou que está substituindo as comportas do local e que a nova peça foi solicitada junto a uma empresa paulista, de renome neste segmento, e deve chegar à capital nos próximos dias. A substituição é necessária devido aos problemas com a comporta antiga, que perdeu funcionalidade e está desgastada pelo tempo, causando prejuízos ao pleno andamento das atividades de represamento do volume das águas. Com a nova comporta, o nível da água terá melhor controle. A estrutura possui mais de 30 anos de atividade e não recebia manutenção regular.

Mais

Na última sexta-feira,19, centenas de peixes apareceram boiando na superfície do rio Bacanga. Revoltados, pescadores e moradores da região cataram a maior quantidade de animais que puderam e fecharam um trecho da avenida, em sinal de protesto. A medida visava chamar a atenção dos governantes para a situação.

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