Aposta arriscada

Atualizada em 11/10/2022 às 12h46

A coordenação de campanha do prefeito Edivaldo Júnior (PDT) resolveu apostar todas as suas fichas em um projeto ousado e um tanto arriscado nas eleições de São Luís. A ideia é jogar todo o peso da estrutura de campanha que está por trás do prefeito para garantir sua reeleição em primeiro turno.
Pedetistas e comunistas que organizam a campanha do prefeito trabalham com a hipótese de que ele alcance mais de 50% dos votos. E montaram uma espécie de bunker com institutos de pesquisas para monitorar e influenciar o eleitor ao voto útil.
Embora não admitam, os aliados do prefeito querem resolver a fatura em turno único por um motivo que se evidencia em qualquer levantamento: Edivaldo perderia a eleição em um eventual segundo turno. É o que mostram pesquisas de Institutos como Escutec, Exata e Econométrica.
Desde o início da campanha de rua, o candidato do PDT não perdeu tempo. Criou um grande volume, sobretudo com a militância remunerada que o acompanha nos bairros, com um sem-número de carros de som e muita presença entre os eleitores.
Ocorre que a estratégia carrega em si mesma um risco iminente para o prefeito. Se Edivaldo jogar todas as fichas em uma vitória no primeiro turno e não conseguir suplantar seus adversários, ele já entra enfraquecido em uma segunda rodada de votações, sobretudo porque a tendência é a união entre os demais adversários.
Por isso mesmo é que pedetistas e comunistas passaram a estimular a cizânia entre os dois principais adversários - Eliziane Gama (PPS) e Wellington do Curso (PP) - para evitar uma união entre eles em caso de segundo turno. Se a disputa for com Eliziane, acham que podem cooptar a maior parte dos aliados de Wellington. E se a disputa for com o candidato do PP, querem o governo na pressão sobre Eliziane. Um jogo estratégico, arriscado, sob todos os aspectos.

Vermelhos
O médico João Bentivi acredita que o grupo político que agora comanda São Luís é o responsável pela articulação para tirar seu nome do páreo na capital.
Para ele, o pessoal que gosta de vestir vermelho é quem tinha o interesse explícito de lhe deixar de fora da disputa eleitoral.
Bentivi já vinha aparecendo, segundo ele, com 4% nas pesquisas eleitorais e sua presença e suas críticas podem ter sido o motivo para a perseguição.

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O programa eleitoral no rádio e na televisão começará na sexta-feira, e os candidatos já começaram a intensificar a gravação dos programas.
A maioria dos candidatos está investindo na criatividade para fazer vídeos menores do que os que são postados em redes sociais como Instagram e Snapchat.
São vídeos que não duram 10 segundos. E haja criatividade para levar as mensagens aos eleitores com tão pouco tempo.

Renovação
A eleição 2016 deve marcar uma renovação no Plenário da Câmara Municipal de São Luís.
Para a disputa de outubro, não concorrerão à reeleição os vereadores Fábio Câmara (PMDB), Rose Sales (PMB), Helena Duailibe (PMDB), José Joaquim (PSDB), Nato (PRP) e Roberto Rocha Júnior (PSB).
Cenário que já é explorado pelos candidatos que tentam o primeiro mandato na Casa.

Lá e cá
Apesar de ter intensificado a campanha política em São Luís, a deputada federal Eliziane Gama (PPS) não deixou o compromisso parlamentar de lado.
Na segunda-feira, ela foi a Brasília para votar na Comissão de Educação.
Em pauta, o projeto de lei de sua autoria que prevê a utilização de ônibus confiscados pelo Estado no transporte escolar.

De volta
Depois de praticamente uma semana fora do circuito eleitoral, a candidata a prefeita pela coligação “São Luís de verdade”, deputada Eliziane Gama (PPS), está de volta.
Marcou para a tarde de hoje uma caminhada na área do São Bernardo, com concentração às 16h.
Ainda no exercício do mandato parlamentar, Gama tem se dividido entre as atividades em Brasília e a disputa eleitoral na capital.

História
O vereador Fábio Câmara (PMDB) pretende utilizar os primeiros programas na TV para contar sua história.
No início da semana, ele esteve em Cajari, onde nasceu, para fazer tomadas em locações que marcaram sua infância.
A ideia da produção é contar, em detalhes, como se deu a vinda do candidato do PMDB a São Luís, onde viveu e trabalhou a vida inteira.

Impugnada
A candidata do PCdoB a prefeita de Raposa, Talita Laci, teve o registro de candidatura impugnado.
Adversários da comunista dizem que ela não pagou uma multa eleitoral referente às eleições de 2012 e que o prazo para quitação já expirou.
Aliados dela, por outro lado, apresentam desde ontem certidões que atestariam o pagamento dos débitos. O caso está nas mãos do juiz Flávio Roberto Soares, da 93ª Zona Eleitoral.

E MAIS

• Edivaldo Júnior prefere levar uma pequena “multidão” em suas andanças pelos bairros; Eduardo Braide e Rose Sales apostam no corpo a corpo com o eleitor.

• Amigo de infância e de escola do prefeito de São Luís, o vereador Estevão Aragão (PSB) declara-se enganado pelo pedetista.

• O deputado Othelino Neto aposta na polarização entre o prefeito Filuca Mendes e o médico Leonardo Sá nas eleições de Pinheiro.

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