Problemas

Rua é tomada por barracas em feira da Cidade Operária

Avenida Este, uma das vias mais movimentadas do bairro, está sem disciplinamento do comércio

Atualizada em 11/10/2022 às 12h46

A Avenida Este, que corta a feira da Cidade Operária e há alguns anos foi invadida por diversas barracas, muitas instaladas até mesmo no meio da via, está quase intrafegável. O grande problema, além da ocupação irregular, é que a avenida é uma das principais do bairro, por onde trafegam veículos de passeio, ônibus e pedestres.
O feirante Luís Sousa vende bananas em uma dessas barracas. Ele está há mais de 15 anos no ponto e conta que não tem condições de ir para dentro do mercado, pois lá, além da venda reduzida, o espaço não tem infraestrutura e a limpeza e a segurança são precárias. Por isso, prefere se arriscar na avenida, para tentar conseguir o vender seus produtos.
Outro problema é que muitos motoristas estacionam seus veículos na avenida, que já tem pouco espaço devido às barracas. É comum ver alguém chegando com o carro, parar no meio da rua, desligar o veículo, ligar o pisca-alerta e sair para fazer compras. Assim, a rua fica fechada e os outros motoristas têm que esperar os condutores dos carros estacionados voltarem para seguir em frente.
Outro feirante, José Raimundo Stênio, conta que aos fins de semana a situação piora ainda mais, pois a quantidade de pessoas trafegando na avenida é enorme, aumentando também o número de veículos. Ele reclama que motoqueiros geralmente passam em alta velocidade e saem cortando carros e pessoas. Por sorte, até agora não houve nenhum acidente.

Problemas
Os problemas da feira da Cidade Operária remontam há vários anos e são sempre os mesmos: alimentos vendidos próximo a esgoto; falta de saneamento, o que faz com que a água se misture ao lixo acumulado próximo às bancas, atraia insetos e exale mau cheiro, afastando os clientes, que reclamam da situação do local.
No interior da feira, as bancas de hortifrutigranjeiros estão vazias. Enquanto isso, centenas de feirantes ocupam a Avenida Este, se arriscando por entre os carros.
Ainda existe o problema da segurança. Em 2015, oito pessoas fo­ram assassinadas dentro da feira. E viciados em drogas, principalmente crack, rondam constantemente o local e até mesmo se apossam de pontos abandonados para consumir entorpecentes ao ar livre, enquanto incomodam os clientes e comerciantes.
Um movimento, capitaneado por alguns feirantes, e com o apoio do deputado Adriano Sarney (PV), tem discutido os problemas da feira da Cidade Operária. Inclusive, uma liminar já foi conseguida na Justiça, garantindo a reforma do local, que ainda não foi iniciada.

Mais

Em nota, a Secretaria Municipal de Agricultura, Pesca e Abastecimento (Semapa) informou que a Feira da Cidade Operária não integra a rede de mercados e feiras do município de São Luís. A Semapa esclarece que a administração do referido mercado é de responsabilidade da cooperativa dos feirantes.

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