Plástica

Prótese de silicone não prejudica processo de amamentação

Segundo especialista, procedimento não prejudica passagem do leite pelos seios da lactante; para mães que já colocaram prótese, intervalo para realizar outro procedimento na região é de seis meses

Atualizada em 11/10/2022 às 12h46
Próteses são colocadas atrás dos dutos que transportam o leite, não atrapalhando a amamentação
Próteses são colocadas atrás dos dutos que transportam o leite, não atrapalhando a amamentação (amamentação)

BRASÍLIA - A cirurgia de implantação de silicone nos seios é um dos procedimentos estéticos mais procurados pelo público feminino no Brasil, país recordista em plásticas no mundo. Entre as razões, a insatisfação das mulheres com o busto é a mais utilizada. Apesar de ser um procedimento que levanta a autoestima, uma das diversas dúvidas que aparecem no pós-cirúrgico é com relação ao período de amamentação de um bebê.

Segundo o cirurgião-plástico Sérgio Morum, é necessário que a paciente planeje muito bem a época em que irá se submeter ao procedimento. “Qualquer tipo de cirurgia plástica na mama, seja ela de aumento ou de redução, deve ser realizada seis meses após o término da amamentação, porque o seio ainda sofre transformações nesse intervalo", diz.Para as lactantes que já possuem a prótese, Dr. Morum afirma que não há nenhum risco. “A presença do silicone não irá necessariamente atrapalhar a amamentação. Varia de acordo com a paciente. Existem algumas que poderão enfrentar um certo tipo de dificuldade, e outras que não irão sentir qualquer problema”, completa.

Obstrução

Um dos medos de lactantes que já colocaram prótese é com relação a uma possível dificuldade do bebê em puxar o leite, já que, para muitas mulheres, o silicone poderia impedir a passagem do líquido. Dr. Morum tranquiliza e rechaça totalmente essa hipótese. “Não há nenhum tipo de lesão direta aos ductos lactíferos, que são as estruturas responsáveis por transportar o leite para fora da mama. O silicone é colocado atrás da glândula mamária, a fim de se evitar essa situação. O que pode acontecer é a colocação de uma prótese grande o suficiente para comprimir os ductos, diminuindo o seu calibre e, por consequência, a quantidade de leite que sai”, esclarece.

O cirurgião-plástico explica que, por conta do peso das próteses, mulheres que engravidaram já com silicone implantado podem sofrer mais com flacidez. “O seio pode apresentar aquele aspecto mais ‘caído’, pois o seu aumento durante a gestação, por conta da produção de leite, é normal. O que recomendamos é que, após aquele prazo de seis meses terminada a amamentação, a paciente se submeta a uma cirurgia para retirar o excesso de pele e que se substitua as próteses”, comenta.

O médico afirma que é comum pensar que o silicone pode atrapalhar o ato, mas que cada pessoa responde a esse processo de maneira diferente. “A amamentação é um ato de carinho da mãe para com o filho, então é normal que se tenha esse medo. Existem mulheres que realizaram uma cirurgia de redução e puderam amamentar, mas também existem mulheres que se submeteram ao mesmo procedimento e encontraram dificuldades. Cada paciente irá reagir de uma maneira diferente. O aconselhado é que se converse com o médico antes de tomar qualquer decisão”, conclui.

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