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Após viajar ao Rio com Temer, Renan reúne-se com Dilma nesta sexta-feira

Dilma confirmou, por meio de sua assessoria, que comparecerá ao julgamento final do processo deimpeachment

Agência Brasil

Atualizada em 11/10/2022 às 12h46

A pouco dias do julgamento final do processo de impeachment, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), vai se reunir com a presidenta afastada Dilma Rousseff, nesta sexta-feira (19), às 11h. O encontro, que será no Palácio da Alvorada, estava previsto para hoje (18), mas Renan, segundo a sua assessoria de imprensa, teve de viajar de última hora para o Rio de Janeiro com o presidente em exercício Michel Temer.

A assessoria não soube informar o assunto da reunião de Dilma e Renan. O julgamento final da presidenta afastada no Senado terá início no próximo dia 25, às 9h. Na quarta-feira (17), Dilma confirmou, por meio de sua assessoria, que comparecerá ao julgamento final do processo deimpeachment para tentar evitar o afastamento definitivo da Presidência.

Na sessão, Dilma deve responder às possíveis dúvidas de senadores e reafirmar os argumentos de defesa às acusações de ter cometido crimes de responsabilidade contra a Lei Orçamentária e a guarda e o legal emprego de recursos públicos. As denúncias foram motivadas pela publicação de três decretos presidenciais de abertura de créditos suplementares e operações com bancos públicos, em 2015.

Na última terça-feira (16), a presidenta afastada divulgou uma carta aos senadores e à população propondo a realização de plebiscito sobre a convocação de eleições presidenciais antecipadas, caso permaneça no cargo.

"Estou convencida da necessidade e darei meu apoio irrestrito à convocação de um plebiscito, com o objetivo de consultar a população sobre a realização antecipada de eleições, bem como sobre a reforma política e eleitoral." Na carta, Dilma reconhece erros cometidos durante seu governo e acena com mudanças na política econômica caso retorne à Presidência.

A presidenta afastada também aborda a crise política e defende que a população decida sobre a realização de um novo pleito presidencial. “A restauração plena da democracia requer que a população decida qual o melhor caminho para melhorar a governabilidade", disse, ao ler o documento, direcionado à nação e aos senadores, durante entrevista coletiva à imprensa no Palácio da Alvorada. A presidenta afastada apenas leu o documento e não respondeu a perguntas.

No documento, intitulado Mensagem ao Senado e ao Povo Brasileiro, Dilma reafirma que não cometeu crime de responsabilidade e classifica o processo de impeachment contra ela de "golpe". Ela diz que, caso o Senado decida pelo seu afastamento definitivo da Presidência da República, haverá "ruptura da ordem democrática baseada em um impeachment sem crime de responsabilidade".

Durante a tramitação do processo de impeachment no Senado, Renan disse que não votaria, em razão do seu cargo. O peemedebista cumpriu a palavra nas duas primeiras votações em plenário. Mas, o senador não confirmou se irá se abster no julgamento final. Um possível voto de Renan favorável à saída de Dilma é visto pelo Planalto como uma demonstração de força nesta etapa final do processo.

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