Representantes de cinco centrais sindicais interditaram a entrada da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (Fiema), na Cohama, na manhã de ontem, em protesto em alusão ao Dia Nacional de Luta contra a Reforma Trabalhista. Veículos de funcionários e visitantes foram impedidos de entrar ou sair do órgão.
Participaram do ato em São Luís representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Força Sindical, Força Sindical, da União Geral dos Trabalhadores (UGT), da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST).
O protesto foi parte do ato público nacional das centrais sindicais pela luta por emprego e garantia de direitos aos trabalhadores. Ao menos 14 estados tiveram atividades em prol dessa mesma causa realizadas ontem simultaneamente. Na capital maranhense, policiais militares e agentes de trânsito da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT) foram acionados para garantir o fluxo no trânsito da Avenida Daniel de La Touche.
Direitos
O ato das centrais teve como principal motivo a proposta de mudanças nas regras do sistema previdenciário e da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), o que implicará em prejuízos para os trabalhadores, caso seja aprovada no Congresso.
Algumas das alterações propostas na CLT resulta na perda de direitos adquiridos pelos trabalhadores como 13º salário, férias, redução de salários, aumento da carga horária trabalhista de 40 horas semanais para 80 horas semanais e outros.
Em outros estados, o ato público nacional contou com manifestações semelhantes à do Maranhão, em frente às federações das indústrias locais, e marchas e abordou outras pautas. Exemplos disso aconteceram na Bahia, que teve ato em frente à Federação das Indústrias de Salvador e, no Espírito Santo, em que os movimentos do campo se unificaram com a Federação dos Trabalhadores na Agricultura e Sindicatos cutistas em uma jornada de luta com acampamento em Vitória.
Mais
A CLT surgiu pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1 de maio de 1943, sancionada pelo então presidente Getúlio Vargas, unificando toda legislação trabalhista existente no Brasil. Seu principal objetivo é a regulamentação das relações individuais e coletivas do trabalho, nela previstas.
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