Crime

Delegacia atua contra furto de equipamentos públicos

Furtos de energia, de cabos, baterias estacionárias, telefones públicos e tampas de bueiro são alguns dos casos apurados no Departamento de Defesa de Serviços Delegados, da Seic

Atualizada em 11/10/2022 às 12h46
Cabos de telefonia, furtados, foram recuperados pelo Departamento de Defesa de Serviços Delegados
Cabos de telefonia, furtados, foram recuperados pelo Departamento de Defesa de Serviços Delegados (Furtos)

De janeiro a julho deste ano, o Departamento de Defesa de Serviços Delegados (DDSD), órgão vinculado à Superintendência Estadual de Investigação Criminal (Seic), registrou 43 flagrantes de pessoas cometendo crimes contra concessionárias de serviços públicos, que incluem furto de energia, de cabos, baterias estacionárias, tampas de bueiros e até telefones públicos.

De acordo com o delegado Marcos Amorim, atualmente à frente do departamento, os principais casos são os furtos de baterias estacionárias, que ficam em torres de celulares, e cabos de cobre. Os primeiros, apesar de serem materiais construídos especialmente para manter a energia de aparelhos das antenas, em caso de queda de corrente, são furtados para serem revendidos e utilizados em várias outras utilidades.

Segundo explicou o delegado, a principal função seria alimentar aparelhos de som montados em carros, motos e bicicletas. Nos últimos meses, a prática teria até diminuído, mas a tendência, agora perto das eleições, é que as ocorrências voltem a aumentar. “Mas isso é um problema não apenas para as operadoras, pois quando se tira a bateria o sinal da antena pode ficar prejudicado”, afirmou o delegado.

Ou seja, às vezes o sinal dos celulares cai e nem sempre a culpa é da empresa, que não consegue oferecer um serviço adequado, mas pode ser por causa de alguém que furtou baterias ou qualquer outro equipamento das estações.

Empresas de telefonia celular, como Oi, Vivo e Tim, ressaltam que os atos de vandalismos e furtos de baterias são comuns nas Estações Rádio Base/antenas (ERBs) de várias cidades do Maranhão. As companhias têm registrado um aumento considerável nos atos de vandalismo em suas estruturas de transmissão e cada vez que uma estação é danificada leva-se de 5 a 10 dias para a recuperação total.

Cabos
Os roubos de cabos de cobre são outra preocupação das empresas que constantemente procuram o DDSD. Em 2015, a Companhia Energética do Maranhão (Cemar) contabilizou 2.878 metros de cabos roubados em 61 cidades. Este ano, já passou de 2.200 metros. Nesses casos, além do desconforto da falta de energia elétrica para as pessoas nas áreas onde ocorrem os furtos de cabos, a empresa ainda tem que arcar com a reposição do material furtado.

De acordo com o delegado Amorim, os fios de cobre, alvo principal dos roubos, são queimados, para a retirada do plástico isolante que faz a cobertura, e vendidos a sucatas, já que trata-se de um metal com alto valor. Para tentar evitar este tipo de crime, além da repressão e prisão, a polícia tem realizado ações de conscientização en­tre os empresários para que eles não adquiram este tipo de produto, já que também podem ser enquadrados pelo crime de receptação.

MAIS

Das empresas que prestam serviços públicos no Maranhão, especialidade do DDSD, apenas a Caema não presta queixa frequentemente a respeito dos crimes realizados contra o seu patrimônio. Dessa forma, fica complicado fazer um levantamento dos tipos de bens que são subtraídos da empresa, tais como tampas de bueiros e encanamentos.

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