Detroit - O candidato republicano à presidência americana, Donald Trump, fez ontem, em Detroit, um discurso sobre suas propostas para a economia. Ele disse que, quando for presidente, irá eliminar regras que prejudicam a geração de empregos.

"Vou pedir a todas as agências federais para prepararem uma lista de todas as regulamentações que elas impõem sobre os americanos e que não sejam necessárias, que não melhorem a segurança pública, e que desnecessariamente matam muitos empregos. Essas regras serão eliminadas rapidamente", detalhou.

O candidato também disse que cancelará todas as ordens executivas "ilegais e excessivas".

Trump, como já vem fazendo desde o começo de sua campanha, mais uma vez bateu na tecla de que quer manter a riqueza e os empregos americanos dentro dos Estados Unidos.

Em sua visão, para acelerar o crescimento americano, é necessário reduzir a regulamentação de mercado. Trump disse que a economia americana seria 25% maior se não fosse a "escalada de regulações" desde os anos 1980. "A regulamentação excessiva está custando à nossa economia até US$ 2 trilhões por ano", estimou.

Contraposição

Trump tentou fazer contraposição a Hillary no tema, posicionando-se como mais economicamente mais liberal: "Tudo que Hillary Clinton tem a oferecer é mais do mesmo: mais impostos, mais leis, mais burocratas, mais restrições à energia americana e à produção americana. Se você fosse uma potência estrangeira buscando enfraquecer a América, não poderia fazer coisa melhor do que a agenda econômica de Hillary".

Já antes do discurso de Trump, mas já ciente de seu teor, a campanha de Hillary alertou em comunicado que as propostas do magnata causarão "prejuízo" à economia americana e aos trabalhadores.

Segundo a campanha democrata, o candidato republicano quer desfazer as reformas que ajudaram a proteger os cidadãos dos abusos de Wall Street e, além disso, suas reduções de impostos beneficiarão fundamentalmente os mais ricos e as grandes corporações.

Também em Detroit, na quinta-feira, Hillary pretende responder às propostas de Trump e apresentar seu próprio plano econômico.

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