Pedofilia

Padre citado em ''Spotlight'' é achado morto em cela

Buzzi é o único padre brasileiro relacionado entre os que aparecem no filme, vencedor do Oscar deste ano, sobre casos de abusos cometidos por religiosos

Leonardo Augusto / Estadão Conteúdo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h46
Segundo investigação da Polícia Civil, o religioso teria se envolvido em novo caso de pedofilia neste ano.
Segundo investigação da Polícia Civil, o religioso teria se envolvido em novo caso de pedofilia neste ano. (spotlight)

Preso, na sexta-feira (5), em Santa Catarina por suspeita de pedofilia, o padre Bonifácio Buzzi, de 57 anos, foi encontrado morto na manhã de domingo, 7, em uma cela do presídio de Três Corações, em Minas Gerais, para onde foi transferido. Segundo o governo de Minas, o religioso estava sozinho e se matou na cadeia.

O padre já havia sido condenado a 20 anos de prisão por abusar de um garoto de 10 anos em Mariana, também em Minas. Ele ficou preso entre 2007 e 2015, quando passou a cumprir a sentença em liberdade.

Buzzi é o único padre brasileiro relacionado entre os que aparecem no filme Spotlight, vencedor do Oscar deste ano, sobre casos de abusos cometidos por religiosos e revelados pelo jornal Boston Globe.

Nova denúncia

Segundo investigação da Polícia Civil, o religioso teria se envolvido em novo caso de pedofilia neste ano, de acordo com nova denúncia recebida. O padre teria abusado de duas crianças, de 9 e 13 anos, em Três Corações, onde vivia. Quando soube que estava sendo procurado pela polícia, fugiu para Santa Catarina, onde acabou preso.

Em nota, a Secretaria de Estado de Defesa Social afirmou que o corpo foi encontrado durante "procedimentos de liberação para a visitação". Conforme o texto, Bonifácio se enforcou com uma "teresa", corda feita com lençol.

"O detento deu entrada na unidade de Três Corações no sábado por meio de um mandado de prisão preventiva. Ele estava sozinho na cela. A unidade já abriu uma investigação preliminar para apurar o ocorrido. As Polícias Militar e Civil foram acionadas."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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