SÃO LUÍS - O Reservatório do Batatã, que deveria ser responsável pelo fornecimento de água para 20% da população ludovicense, não será utilizado para o abastecimento até o fim deste ano. De acordo com a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema), o nível do reservatório está tão baixo que o órgão estadual não conta mais com essa estrutura.
Segundo o setor de operações da Caema, atualmente o Batatã conta apenas com 10% de sua capacidade. Para compensar a ausência do líquido do reservatório, a companhia destinou 26 poços, que compõem os sistemas Sacavém e Paciência, responsáveis pelo fornecimento de água para pouco mais de 10 bairros da região central da cidade. Outra medida do órgão é destinar parte da água do Sistema Italuís para essas localidades.
Mais inatividade
De acordo com o diretor de Operações da Caema, Carlos Rogério Santos, caso o período de estiagem da capital se intensifique nos próximos meses, o Batatã deverá permanecer inativo em 2017. “Temos que torcer para as chuvas melhorarem até o fim deste ano. Caso contrário, se tivermos níveis tão baixos assim de água, não há o que fazer a não ser usar poços e o sistema [Italuís] para o abastecimento do Centro”, disse.
Ainda segundo o gestor, caso estivesse em plenas condições de funcionamento, o Batatã teria uma vazão de aproximadamente 1.400 metros cúbicos por hora. “Com os atuais níveis, caso fosse usado de fato, teria uma capacidade de vazão apenas de, no máximo, 400 metros cúbicos. Ou seja, bem abaixo do nível mínimo e necessário para o atendimento à população”, afirmou.
No fim do ano passado, a Caema informou que seriam investidos até R$ 270 milhões para a perfuração de poços e ampliação das atuais redes de abastecimento da cidade. De acordo com o órgão, as ações fazem parte do programa “Mais Saneamento”, que prevê a revitalização das redes coletores e a entrega de estações de tratamento.
Italuís
A Caema informou ainda que a nova adutora do Sistema Italuís deverá entrar em funcionamento a partir do fim do mês de outubro deste ano. Segundo o órgão, caso o prazo seja cumprido, a capacidade de vazão de água para a capital maranhense aumentará em 30%.
“Caso isso seja possível, seriam minimizados os problemas de abastecimento de água na cidade”, disse Carlos Rogério Santos.
A troca da adutora do Sistema Italuís foi iniciada em 2012. Para a realização da obra, a Caema investiu R$ 106 milhões. Deste total, R$ 96 milhões foram oriundos do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) do Governo Federal.
Números
10% é o nível de sua capacidade atual do Batatã
R$ 106 milhões foi o valor investimento na troca dos 19 km de tubulações do sistema Italuís
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