Prevenção

Ação alerta para os cuidados com hepatites virais

Atividade foi realizada no Shopping da Ilha, em São Luís; houve testes rápidos e distribuição de materiais informativos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h46
Foram realizados testes rápidos para detectar se a pessoa tem hepatite
Foram realizados testes rápidos para detectar se a pessoa tem hepatite (Hepatite)

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que em todo o mundo existem aproximadamente 400 milhões de pessoas infectadas pelo vírus da Hepatite B e C, consideradas as formas mais graves da doença. Para alertar a população sobre os riscos da doença e as formas de prevenção e tratamento, profissionais da área da saúde reuniram-se durante uma ação social realizada no sábado, dia 30, no Shopping da Ilha, em São Luís.

A atividade foi feita em alusão ao Dia Mundial de Combate às Hepatites Virais, comemorado no dia 28 de julho. A data foi instituída em 2010 pela OMS e, desde então, foram celebradas metas e ações integradas de prevenção e controle para o enfrentamento da doença no Brasil e em todo o mundo.

Ação
Ação educativa de sábado foi uma iniciativa do Serviço de Vigilância Epidemiológica do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), das ligas acadêmicas de Hepatite de Doenças Infecto-Parasitárias, com apoio também da Vigilância Epidemiológica de São Luís.

Na ocasião, a equipe de profissionais disponibilizou o teste rápido (triagem) para saber se as pessoas eram portadoras do vírus da Hepatite e houve a distribuição de panfletos informativo. Durante a atividade, os participantes estiveram à disposição da população para prestar todas as orientações necessárias sobre o tema.

Durante os testes rápidos, era colhida um pouco do sangue da pessoa e, após 15 minutos, ela já saberia se tinha ou não a Hepatite. Em caso positivo, essa pessoa já era encaminhada para o início do tratamento na rede de saúde.

“Nós precisamos alertar que a Hepatite é uma doença silenciosa. As manifestações dela aparecem tarde e, nos casos graves, em forma de cirrose ou um câncer. Por isso é importante que a população faça os exames”, disse o hepatologista Rogério Castro.

Casos
No Maranhão, entre 2007 e 2016, foram confirmados 7.741 casos de hepatites virais. Os mais frequentes são do tipo A (4.006), tipo B (2.040) e tipo C (1.582). Nos casos de hepatite B, a faixa etária mais acometida no estado no ano passado foi a de 20 a 34 anos.

Os sintomas associados as hepatites são cansaço, febre, mal estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados. Contudo, por serem doenças assintomáticas, muitas vezes os sintomas não se manifestam.

SAIBA MAIS

A Hepatite é uma inflamação no fígado que pode ser causada pelos vírus A, B, C, D e E. Considerada um problema mundial de saúde pública, a doença pode levar a problemas hepáticos graves causando a morte. A estimativa da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) é de que no país há entre 1,5 milhão e 2 milhões de pessoas com hepatite, mas só cerca de 300 mil sabem que têm a doença.

A OMS estima que – em todo o planeta - 400 milhões de pessoas estejam infectadas pelos vírus da hepatite B e C, número dez vezes maior que o de pessoas contaminadas pelo HIV, mas a maior parte dos portadores sequer sabe que está doente. Segundo a OMS, apenas uma em cada 20 pessoas com hepatite viral sabe que está doente e só uma em cada 100 com a doença está recebendo tratamento.

No Brasil, a situação não é diferente. Segundo o Ministério da Saúde, milhões de brasileiros são portadores do vírus B e C e não sabem. Além do risco que correm se a doença evoluir e causar danos irreversíveis ao fígado, como cirrose e câncer, os infectados também podem transmitir a doença para outras pessoas.

O Ministério da Saúde orienta que as pessoas observem se já se expuseram a situações que apresentam risco de contágio, e, assim, saber se há a necessidade de fazer exames. Viver em situações precárias de saneamento básico, água e higiene pessoal e de alimentos leva ao risco do contágio fecal-oral, que transmite as hepatites A e E. Quem tem hepatite A ou E pode se curar, eliminando o vírus do organismo.

Praticar sexo sem proteção, compartilhar seringas, agulhas, lâminas de barbear, alicates de unha e outros objetos que furam ou cortam pode causar contaminação pelos vírus B, C e D, transmitidos pelo sangue. Esses tipos também podem passar da mãe para o filho durante a gravidez, o parto e a amamentação.

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