Aedes aegypti

Flórida tem casos de transmissão local de zika por mosquito

Tratam-se de primeiros casos de transmissão de zika por mosquito nos EUA; quatro casos foram provavelmente transmitidos por Aedes aegypti locais

Atualizada em 11/10/2022 às 12h46
(Mosquito Aedes aegypti, vetor de doenças como dengue, febre amarela, chikungunya e zika)

Flórida - Autoridades de saúde do estado da Flórida, nos Estados Unidos, reportaram os primeiros casos de transmissão local do vírus da zika por mosquito no território continental do país.

O departamento de saúde da Flórida concluiu que quatro casos de zika que estavam sendo investigados no estado foram provavelmente transmitidos por mosquito, segundo o governador da Flórida, Rick Scott. Um dos casos envolve uma mulher e os outros três são homens; as infecções foram detectadas em Miami e no condado de Broward.

Comunicado divulgado pelos Centros de Prevenção e Controle de Doença (CDC) dos Estados Unidos afirma que as infecções dos quatro pacientes foi "provavelmente provocada por picadas de mosquitos Aedes aegypti".

O órgão informou que está monitorando de perto a situação da Flórida. "Autoridades do estado responderam rapidamente com medidas de controle do mosquito e uma busca na comunidade por casos adicionais de zika", diz o informe do CDC.

Os Estados Unidos já tinham reportado casos de transmissão sexual de zika no território continental do país, mas esta é a primeira vez que casos de transmissão por picada de mosquito são confirmados.

As autoridades de saúde americanas já tinham advertido que era possível que ocorressem surtos locais do vírus da zika no país com a chegada do verão - quando os mosquitos se proliferam mais intensamente - especialmente após a rápida propagação da infecção na América do Sul e na América Central ao longo dos dois últimos anos.

Transmissão
O zika é transmitido na maioria das vezes pela picada de mosquitos e, em alguns casos, por contato sexual. Em geral, a doença provoca sintomas brandos, e muitas vezes passa despercebida.

O vírus pode provocar, porém, transtornos neurológicos, como a síndrome de Guillain-Barré, ou malformações congênitas graves e irreversíveis, como a microcefalia, que se caracteriza por um desenvolvimento insuficiente do cérebro, em fetos de mulheres que foram infectadas pelo vírus durante a gravidez.

A Flórida já tinha registrado 381 casos de zika, todos eles em pessoas que tinham viajado para países ou territórios onde o vírus está em circulação. O país registrou 12 casos de malformação devido ao vírus.

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