Editorial

Correndo atrás da saúde

Atualizada em 11/10/2022 às 12h46

Estar com o peso dentro dos padrões saudáveis, com uma alimentação equilibrada com os principais macronutrientes, feliz e com bem estar mental em dia é o sonho de muita gente. E deveria ser também a regra. Mas a vida moderna cheia de atribulações e com prioridades erradas (ou pouco definidas) tem levado as pessoas a descuidarem da saúde - seja pela negligencia, pelo excesso de zelo ou pela desinformação.

Neste domingo, dia 31, acontece mais uma edição da Corrida São Luís, realizada pela TV Mirante, na Avenida Litorânea. A iniciativa tem como objetivo exercitar o corpo, a mente e, sobretudo, valorizar a prática esportiva e a qualidade de vida dos maranhenses. Parte do calendário esportivo da cidade, o evento é esperado com ansiedade por atletas amadores e profissionais.

Este ano, repetindo a parceria do ano passado, O Estado publica na mesma data da corrida o suplemento especial Viva Mais - o material também veio como brinde nos kits dos atletas. Desta vez, escolhemos a alimentação e as dietas como tema central. O assunto tem despertado cada vez a atenção de quem está buscando uma vida mais saudável, ele ainda desperta muitas dúvidas. Afinal, o ovo faz mal ou faz bem? O açúcar é inofensivo? Qual a dieta ideal para mim? Dentre tantas informações (e desinformações) que surgem diariamente, fica difícil separar o joio do trigo. Por isso, a atenção especial que dedicamos ao tema.

Na mesma medida em que cresce o número de pessoas interessadas em cuidar mais do corpo, aumentam os casos de pessoas doentes e obesas ou com sobrepeso num grau que os médicos, nutricionistas e organizações de saúde já consideram a obesidade uma perigosa epidemia.

Entre os mais jovens então, os números assustam. A Pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL 2015), do Ministério da Saúde, apontou que a dieta dos adolescentes brasileiros é caracterizada pelo consumo de alimentos tradicionais, como arroz (82,0%) e feijão (68,0%), e ingestão elevada de bebidas açucaradas (56,0%) e alimentos ultraprocessados, como refrigerantes (45%), salgados fritos e assados (21,88%), e biscoitos doces e salgados, sendo o refrigerante o sexto alimento mais referido (45,0%).

Em relação aos adultos brasileiros, 18,9% são obesos. Em 2010, era 15%. Aumenta com a idade, chegando a 32,2% nas mulheres com 55 a 64 anos. Foi verificado ainda que 53,9% dos adultos estão acima do peso nas capitais brasileiras. É maior entre homens (57,6%) que mulheres (50,8%).

Os números nos mostram uma realidade alarmante: estamos a cada dia comendo pior, privilegiando comida industrializada e abusando do açúcar e de alimentos processados. Se for por desinformação, hoje, O Estado espera estar contribuindo com conteúdo de qualidade para que os rumos da saúde dos brasileiros encontrem o caminho correto, o da saúde. No mais é se preparar para enfrentar os 5 ou 10km da Corrida São Luís, para os que se inscreveram, ou ficar na torcida pelo que estão dispondo da sua manhã de domingo para ganhar em saúde.

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