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Comer para crescer saudável

Pais precisam ter atenção para não oferecer cardápio calórico e pouco nutritivo no lanche escolar

Atualizada em 11/10/2022 às 12h46
Alimentos saudáveis devem fazer parte da rotina alimentar na escola
Alimentos saudáveis devem fazer parte da rotina alimentar na escola

Toca a sirene. As crianças correm animadas pelos corredores e logo se forma uma fila na cantina da escola. É hora do recreio! A meninada faz suas escolhas: salgado, refrigerante, brigadeiro... As opções são tentadoras, mas nada saudáveis. Se fosse apenas uma exceção na rotina das crianças não seria tão prejudicial à saúde. O problema é que o cardápio calórico e pouco nutritivo se repete na semana.

Segundo um estudo recente feito pelo Ministério da Saúde em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 60,8% dos meninos e meninas brasileiros com menos de 2 anos de idade comem com frequência biscoitos, bolachas e bolos. Outros 32,3% costumam tomar refrigerantes e sucos artificiais. “Os alimentos industrializados oferecidos na fase de formação de hábito alimentar vão provocar a preferência por alimentos pobres em nutrientes, mas ricos em corantes, açúcar e calorias vazias”, alerta a nutricionista Rejane Holanda.

Essa combinação pode ser mais do que indigesta, ela pode antecipar o a­parecimento de doenças como coles­te­rol alto e obe­si­da­de, pro­­blema que já atinge uma em cada três crianças bra­sileiras de 5 a 9 anos.

Nicho

O interessante é que outra pesquisa revelou que, na maioria dos casos, os pais dessas crianças não tinham o mesmo perfil. Ou seja, não era uma questão de mau exemplo. “Eu en­frentava o dilema de querer oferecer um lanche gostoso e sau­dável para minha filha levar para a escola, mas por falta de tempo acabava re­cor­rendo à pra­­­­­­­­­­­­ticidade de sucos artificiais e bis­coitos”, relata Ju­liana Silveira.

A jornalista viu que esse era um dilema enfren­tado por outras mães e decidiu criar a Merendeira. A empresa é especializada na produção e entrega de lanches escolares. “O Kit Recreio vem com suco natural, frutas e um complemento, que pode ser desde um pão integral com ricota e cenoura a um bolo integral de laranja com cobertura de cacau. O cardápio varia . A gente sabe o quanto as crianças gostam de novidades e precisam de estímulo para comer alimentos saudáveis”, conta.

Incentivo

E por falar em incentivo, esta é a receita para os pais vencerem a típica resistência dos filhos para comer o que realmente precisam. O importante não é quanto, nem quando a criança está comendo, mas o quê. Segundo Rejane Holanda, controlar a quantidade ou o horário da alimentação pode atrapalhar o processo de aprendizagem alimentar. “É preciso oferecer frutas, legumes, verduras... mas sem pressão, sem esperar que ela coma. É dar à criança a oportunidade de conhecer, experimentar e ter curiosidade sobre o alimento, mas deixá-la à vontade para decidir o que provar. Em vez de dar ênfase ao que ela deixou de comer, elogiar o esforço e incentivar para que tente numa próxima vez”, aconselha a nutricionista responsável pelo cardápio da Merendeira.

E não adianta controlar a alimentação da criançada em casa e na escola não ter o mesmo cuidado, ou o inverso. Ensinar que comer bem pode ser prazeroso é uma responsabilidade compartilhada. “A escola também deve envolver os pais, os professores na educação nutricional”, conclui.

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