Saúde

Como lidar com primeiros anos de vida da criança

Entre os períodos ‘berçário e minimaternal’ se dá a continuidade do processo de maturação física

Atualizada em 11/10/2022 às 12h46
(bebê)

A fase do nascimento do bebê até os dois anos de idade é de grandes desafios para os pais. Devido ao dinâmico desenvolvimento psicomotor da criança, entre os períodos chamados berçário e minimaternal, ocorre a continuidade do processo de maturação física e, consequentemente, o avanço na identificação de si mesma.
Aí é que são exigidos os esforços dos pais. Em primeiro lugar, conforme aponta a psicóloga Ana Karina Bastos, da escola Vila das Letras, é importante procurar obter conhecimentos sobre desenvolvimento infantil, atuando como alguém que estimula e apoia, sem desconstruir as conquistas atingidas pela criança. “Des­se modo, o desafio dos pais é colaborar com o bebê por meio dos estímulos necessários para que o seu desenvolvimento aconteça de forma saudável”, comenta.
Segundo a especialista, de um a três meses, o bebê interage por meio dos reflexos — respostas automáticas inatas, como, por exemplo, o reflexo de sucção, quando se coloca o dedo na boca do bebê e ele começa a sugá-lo. Já a partir do quarto até o oitavo mês, começa a descobrir o mundo à sua volta e o próprio corpo. A maturação do sistema nervoso central permite à criança se virar e sentar, bem como se inicia o surgimento dos dentes, princípio de adaptação a novos alimentos.
“Em seguida, começam a explorar cada vez mais o seu meio e a apreensão da linguagem verbal favorece a socialização”, explica. Entre oito e doze meses, os pequenos engatinham e iniciam a caminhar, explorando ainda mais o meio. A partir daí, até os dois anos de idade, a criança já começa a falar e a deduzir e resolver problemas fáceis, como descobrir onde um brinquedo foi escondido.

Ansiedade
Só que a psicóloga alerta para o fato de que, no afã de quererem ajudar, os pais, ansiosos, podem acabar por atrapalhar o desenvolvimento do filho. “A ansiedade dos pais em querer que seus filhos iniciem prematuramente certas habilidades, bem como a falta de estímulo, pode atrapalhar todo esse processo, vindo a gerar ansiedade na criança, tal qual o medo de não decepcionar os pais”.
As consequências variam, podendo ser uma estagnação ou, até mesmo, a volta de comportamentos que a criança já havia superado. Outro risco é que ela se torne insegura, por ainda não ter condições para alcançar tais habilidades. Por isso é tão relevante conhecer a realidade do de­senvolvimento infantil, já que cada um tem seu próprio ritmo para desenvolver habilidades como falar e andar. l

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