Economia

Uso do FGTS para garantir consignado é nocivo, diz Proteste

A associação de consumidores observa que a Medida Provisória aumenta o risco de inadimplência, que já atinge 59 milhões de brasileiros

Conteúdo Estadão

Atualizada em 11/10/2022 às 12h47
Para a Proteste, autorização é retrocesso.
Para a Proteste, autorização é retrocesso. (fgts)

A associação de consumidores Proteste avalia que a autorização para uso do FGTS na contratação do empréstimo consignado é um retrocesso e complicará ainda mais a situação do consumidor. "Incentivo ao endividamento para acelerar a economia não é a saída", afirma Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da Proteste. "É uma armadilha, pois o FGTS é uma das únicas reservas financeiras dos trabalhadores para situações como desemprego." A associação observa que a MP aumenta o risco de inadimplência, que já atinge 59 milhões de brasileiros.

Reinaldo Domingos, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), também questiona a medida. "Embora o rendimento seja o menor do mercado, o FGTS é uma forma de forçar o trabalhador a ter uma poupança. Assim, atrelá-lo ao crédito consignado é perder garantias", afirma.

Para ele, o consumidor que optar pelo consignado para fugir de linhas de crédito com juros mais altos deve ser cauteloso. "É importante tomar consciência de que o custo de vida deverá ser reduzido em até 35%, porque a prestação será retirada diretamente do salário ou benefício de aposentadoria."

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