SÃO LUÍS - O mês de julho experimenta um movimento razoável de turistas na Praia Grande, uma das áreas mais procuradas por visitantes nesta época do ano. Segundo os proprietários e vendedores que trabalham em lojas de artesanato, a crise econômica nacional mexeu no bolso dos viajantes e está refletindo nas vendas. O local está recebendo mais turistas brasileiros que estrangeiros.

Neste domingo, o vaivém era fraco dentro das lojas e na tradicional Feira da Praia Grande. Na Galeria do Reviver, a artesã Chlerismar Ferreira, que abriu a loja “Meninas de São Luís”, contou que “os turistas estão chegando, mas não estão levando”. “Eles entram, olham, acham bonito, mas não levam. Acredito que estão mais cautelosos por causa da crise. Os que decidiram viajar foi porque já haviam comprado pacotes, mas não podem gastar muito. Os estrangeiros não têm vindo com muita freqüência, somente de vez em quando os recebemos”, disse a artesã.

Norma de Assis é de Belém do Pará e estava na Praia Grande comprando com o filho. “Já estive outras vezes aqui em São Luís e sempre que venho passo aqui na área história para levar alguma coisa”, disse a visitante.

Segundo Francisco Araújo, também proprietário de loja, apesar do tímido fluxo de turistas, ainda está melhor do que no ano passado. “Em 2015, foi bem pior e esperamos que, aos poucos, a situação vá melhorando, até o fim da temporada de férias”, espera.

De acordo com Flávia Martins, proprietária de loja de artesanato, o baixo fluxo de turistas deve-se também aos empreendimentos turísticos, especificamente aos recepcionistas dos hoteis de outras regiões da cidade, que fazem uma campanha negativa da Praia Grande. “Muitos turistas chegam aqui dizendo que receberam orientações nos hoteis para não irem à Praia Grande, em razão de assaltos ou incidentes afins. Isto tem nos prejudicado bastante. Aliás, isto tem acontecido até nos hotéis desta área da cidade”, indignou-se Flávia Martins.

Conforme os lojistas, a segurança é um item que está funcionando naquela área, pelo menos aparentemente. Alguns reclamam da presença de moradores de rua, pedintes, que assustam os visitantes. De acordo com eles, há pelo menos um grupo formado por dez pedintes, que cercam os turistas tão logo os observam circulando ou em compras. A polícia é logo chamada para os retirarem, mas eles retornam horas mais tarde. Os lojistas afirmam que já não sabem o que fazer em relação á esse problema. “Estamos precisando da ajuda do poder público”, disse Flávia Martins.

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