Londres - A ministra do interior, Theresa May, e a secretária de Estado de Energia, Andrea Leadsom, vão se enfrentar pela liderança do Partido Conservador. A nova líder irá suceder David Cameron, que anúnciou que irá renunciar após o referendo que decidiu pela saída do Reino Unido da União Europeia.

O ministro da Justiça, Michael Gove, foi eliminado ontem na segunda rodada de votações. As duas finalistas serão submetidas ao voto dos 150 mil militantes conservadores. O vencedor da disputa deve ter o nome divulgado até 9 de setembro.

May segue como favorita, de acordo com a Reuters. Na votação desta quinta, May teve 199 votos, Leadsom conseguiu 84 e Gove, 46.

A vencedora será a 2ª mulher a ocupar a função de primeiro-ministro, segundo a BBC. Margaret Thatcher, a primeira a exercer a função, manteve-se no poder por três mandatos consecutivos, entre 1979 e 1990.

Na primeira rodada de votações, May obteve o apoio de 165 dos 330 deputados, seguida por Andrea Leadsom (66 votos), e por Michael Gove (48).

O ex-ministro da Defesa Liam Fox foi eliminado da disputa ao ficar em último e o secretário de Estado da Previdência, Stephen Crabb, penúltimo, desistiu da corrida pelo posto de primeiro-ministro.

Desculpas

Nick Boles, um advogado que apoia Gove, teve que pedir desculpas por enviar uma mensagem aos partidários de May para pedir uma frente comum contra Leadsom. "Michael não se importa de passar dois meses sendo massacrado por Theresa, se isto é o necessário, mas pelos interesses do partido e o interesse nacional, certamente devemos trabalhar juntos para interromper AL", escreveu.

Cameron anunciou sua renúncia no dia 24 de junho, que se tornará efetiva com a escolha de seu sucessor. O novo primeiro-ministro terá a responsabilidade de invocar o Artigo 50 do Tratado Europeu de Lisboa para começar a negociar a ruptura com a União Europeia (UE), um processo que deve durar dois anos.

Neste período, Londres e Bruxelas terão que chegar a acordos em uma infinidade de temas, desde as novas regras comerciais entre ambos até o destino dos milhões de britânicos na UE e dos milhões de europeus no Reino Unido.

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