BR-135

Assembleia aprova pedido para que Exército assuma obra de duplicação da BR-135

Deputados assinaram requerimento coletivo pedindo a intervenção militar na obra, que gerou novas vítimas em acidente no fim de semana; DNIT retomou parte da terraplenagem

Atualizada em 11/10/2022 às 12h47
(Plenário da Assembleia vota requerimento sobre BR-135)

O plenário da Assembleia Legislativa aprovou, na sessão de ontem, requerimento coletivo assinado por quase todos os deputados, solicitando ao presidente interino, Michel Temer, e ao ministro dos Transportes, Maurício Quintella, que o Governo Federal repasse a duplicação da BR-135 para o Exército.

No domingo, 3, oito pessoas que estavam em um carro de passeio usado para fretamento na rodovia morreram após o veículo colidir frontalmente com um caminhão de lixo, que tentava fazer uma ultrapassagem no Campo de Perizes.

Esta é a segunda ocorrência de maior repercussão na via. Em março, a bailarina Ana Duarte foi assassinada no trecho da BR-135 dentro da Ilha de São Luís, quando reduziu a velocidade do seu veículo por conta da buraqueira.

O deputado Eduardo Braide (PMN), autor original da iniciativa, pediu que a Mesa Diretora da Assembleia enviasse com urgência o requerimento nº 351, tanto ao presidente interino, Michel Temer, como para o ministro dos Transportes, Portos e Viação, Maurício Quintella, tendo em vista à necessidade de garantir que o término da duplicação da BR-135 aconteça o quanto antes.

A solicitação é para que a obra seja repassada para o Departamento de Obras do Exército. O presidente da Casa, Humberto Coutinho (PDT), informou irá determinar à assessoria que envie ainda na quarta o requerimento.

Contraponto - Dos presentes, apenas o deputado Max Barros (PRP) votou contrário à proposta.

O parlamentar parabenizou a Assembleia pela iniciativa, como forma de pressionar o Governo Federal a concluir a rodovia o mais rápido possível para evitar mais mortes no local, mas disse que o Exército geralmente usa suas obras para fazer aprendizado e como órgão público terá dificuldades para agilizar licitações de compras, tornando o trabalho lento.

“Nós temos o exemplo da BR-226 no Maranhão que era delegada para o Exército. Passou anos e anos e não foi concluída. Teve que ser delegada para o Governo do Estado para que fosse feito um trecho que vai a Grajaú e também Barra do Corda. Eu louvo e parabenizo a iniciativa do deputado, ele é um dos líderes desta Casa pela conclusão da BR-135, mas, em relação a esse requerimento, meu voto é contrário”, explicou.

Exército tem condições, afirma deputado

Após uma reunião com o comandante do 24º Batalhão da Infantaria Leve (BIL), tenente-coronel Azevedo, ainda na semana passada, antes da tragédia, o deputado Eduardo Braide (PMN) afirmou a O Estado que o Exército tem condições der assumir a obra.

Nesse caso, os serviços no trecho a ser duplicado seriam delegadosao Departamento de Engenharia e Construção (DEC) do Exército Brasileiro.

“Ele [tenente-coronel Azevedo] me disse que o Exército tem todas as condições e efetivo para executar essa obra. Tenho o maior apreço pela iniciativa privada, mas com essa situação da BR-135 não dá mais para conviver”, destacou.

Segundo Braide, o que mais chama atenção no caso é que, apesar da lentidão na obra, não há atrasos no pagamento das medições.

“Antes de fazer essa sugestão, eu tive a preocupação de verificar se havia algum pagamento em atraso para esse consórcio de empresas que está executando a duplicação. E a grande surpresa é que não há nenhum pagamento em atraso. Portanto, está faltando fiscalização e, mais do que isso, está faltando boa vontade por parte das empresas que venceram a licitação”, comentou.

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