Votação

Impasse entre Waldir Maranhão e Osmar Serraglio complica votação de recurso de Eduardo Cunha

Presidente interino da Câmara marcou reuniões, mas presidente da CCJ alega que não tinha conhecimento da agenda do pepista nesta semana

Estadão Conteúdo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h47
Waldir Maranhão marcou reuniões na Câmara até quinta-feira
Waldir Maranhão marcou reuniões na Câmara até quinta-feira (waldir maranhão)

BRASÍLIA - Por conta da instabilidade de quórum na Casa nos últimos dias, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), explicou que marcou a sessão de leitura do parecer do relator Ronaldo Fonseca (PROS-DF) para quarta-feira, 6, porque não seria possível de qualquer forma votar o recurso do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) nesta semana.

"Não pautei para hoje (segunda-feira) porque não tínhamos (sessão) hoje. Como é que eu ia imaginar que o presidente (da Câmara, Waldir Maranhão - PP-MA) ia convocar uma reunião de hoje a quinta-feira? Meu raciocínio foi construído na inexistência desta segunda-feira", justificou. Serraglio afirmou ainda que Fonseca precisava de mais tempo para produzir um relatório.

Na avaliação de Serraglio, um eventual recesso branco não interromperia a análise do pedido de cassação no plenário, mas admite que haveria dificuldade em reunir parlamentares para votar o caso de Cunha no plenário. Ele negou que esteja beneficiando Cunha com os prazos prolongados, disse estar com a "cabeça tranquila", mas reconheceu que o impasse no processo de cassação do colega de bancada causa transtorno para a Câmara. "Toda situação do Eduardo Cunha é tormentosa, é evidente que há dificuldade para a Casa", concordou.

Serraglio espera que Fonseca entregue seu parecer nas próximas horas e avisou que encaminhará o relatório para todos os membros da comissão. Cunha será notificado a comparecer na comissão, se assim o quiser. "Amanhã (hoje) quero esse relatório com 24 horas de antecedência (da reunião da CCJ)", afirmou.

O peemedebista avalia que será possível concluir a votação do recurso de Cunha até o dia 12 de julho, na última semana antes do início do recesso parlamentar. "No que for possível ser produtivo, aproveitando o pouco tempo que nós temos, estou pautando e fazendo acontecer", disse.

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