BRASÍLIA - Por conta da instabilidade de quórum na Casa nos últimos dias, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), explicou que marcou a sessão de leitura do parecer do relator Ronaldo Fonseca (PROS-DF) para quarta-feira, 6, porque não seria possível de qualquer forma votar o recurso do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) nesta semana.
"Não pautei para hoje (segunda-feira) porque não tínhamos (sessão) hoje. Como é que eu ia imaginar que o presidente (da Câmara, Waldir Maranhão - PP-MA) ia convocar uma reunião de hoje a quinta-feira? Meu raciocínio foi construído na inexistência desta segunda-feira", justificou. Serraglio afirmou ainda que Fonseca precisava de mais tempo para produzir um relatório.
Na avaliação de Serraglio, um eventual recesso branco não interromperia a análise do pedido de cassação no plenário, mas admite que haveria dificuldade em reunir parlamentares para votar o caso de Cunha no plenário. Ele negou que esteja beneficiando Cunha com os prazos prolongados, disse estar com a "cabeça tranquila", mas reconheceu que o impasse no processo de cassação do colega de bancada causa transtorno para a Câmara. "Toda situação do Eduardo Cunha é tormentosa, é evidente que há dificuldade para a Casa", concordou.
Serraglio espera que Fonseca entregue seu parecer nas próximas horas e avisou que encaminhará o relatório para todos os membros da comissão. Cunha será notificado a comparecer na comissão, se assim o quiser. "Amanhã (hoje) quero esse relatório com 24 horas de antecedência (da reunião da CCJ)", afirmou.
O peemedebista avalia que será possível concluir a votação do recurso de Cunha até o dia 12 de julho, na última semana antes do início do recesso parlamentar. "No que for possível ser produtivo, aproveitando o pouco tempo que nós temos, estou pautando e fazendo acontecer", disse.
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