Desvio

Acusado pela morte do jornalista Décio Sá é "preso novamente" e vai para o Complexo de Pedrinhas

José de Alencar Miranda cumpria prisão domiciliar desde 2014; agora ele foi detido por envolvimento em esquema de desvio de dinheiro público

Atualizada em 11/10/2022 às 12h47
José de Alencar Miranda cumpria prisão domiciliar por apresentar problemas de saúde
José de Alencar Miranda cumpria prisão domiciliar por apresentar problemas de saúde (Justiça nega liberdade provisória a José de Alencar Miranda)

SÃO LUÍS - Considerado um dos chefes da agiotagem no Maranhão e um dos mandantes do assassinato de Décio Sá, José de Alencar Miranda de Carvalho, de 74 anos, foi preso na manhã desta segunda-feira (5). Pelo crime contra o jornalista, ocorrido em abril de 2012, ele que cumpria prisão domiciliar desde 2014 e agora volta para o Complexo Penitenciário de Pedrinhas após ação da Superintendência Estadual de Prevenção e Combate à Corrupção (Secoor).

De acordo com a investigação, José Alencar Miranda estaria envolvido em esquema de desvio de dinheiro público no interior do Maranhão. Ele e o filho, Gláucio Alencar, preso pelo assassinato de Décio Sá, operava empresas de fachada para fraudar licitações.

Segundo o delegado Leonardo Bastian, chefe do 1º Departamento da Secoor, José de Alencar Miranda era o responsável por entrar em contato com os prefeitos, fazer cobranças. O seu filho chegou a receber ceques no valor de mais R$ 90 mil do prefeito de Paulo Ramos, Tancledo Lima Araújo, e do seu irmão, Joaquim Lima Araújo, que é secretário de Administração do Município. Os dois também foram presos na manhã de hoje após determinação do desembargador Raimundo Melo, da 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA)

Doença

José de Alencar Miranda foi preso desde junho de 2012 e em agosto de 2014 o desembargador José Luiz de Oliveira de Almeida, da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, concedeu habeas corpus, colocando- o em prisão domiciliar.

No documento judicial impetrado, a defesa de José Alencar Miranda alegou que ele é idoso e ainda apresenta problemas de saúde (cardiopatia grave). O laudo médico informou que a qualquer momento ele poderia sofrer uma parada cardíaca. Ele chegou a ser submetido a um cateterismo em uma unidade de saúde particular da capital.

A defesa ainda contestou que no local onde o acusado estava cumprindo pena não oferecia condições de socorro adequadas para o problema de saúde do seu cliente.

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