Greve suspensa

Suspensa greve de professores municipais depois de 35 dias

Fim do movimento foi condicionado a um acordo que inclui abono de faltas, fim do processo de ilegalidade e isenção da multa diária de R$50 mil

Atualizada em 11/10/2022 às 12h47
Professores em um dos protestos realizados pela categoria nos dias em que fizeram greve
Professores em um dos protestos realizados pela categoria nos dias em que fizeram greve (Professores)

Representantes do Sindicato dos Profissionais do Magistério do Ensino Público Municipal de São Luís (Sindeducação) e da Secretaria Municipal de Educação (Semed) devem reunir-se esta semana para definir o calendário de reposição dos dias letivos afetados pela greve da categoria, que decidiu encerrar o movimento.

A decisão foi aprovada sexta-feira (1º) em assembleia geral extraordinária, realizada no auditório da Federação dos Trabalhadores na Indústria do Maranhão (Fetiema).

A categoria reivindicava reajuste salarial de 11,36%, mas o Município propôs 10,67%, parcelados em duas vezes, com a primeira parcela de 5,5% para junho, retroativa a janeiro, e a outra de 4,9% para novembro.

A assessoria jurídica do sindicato entrou com ação no Tribunal de Justiça para declarar ilegal o parcelamento do percentual de 10,67%, e vai cobrar judicialmente o retroativo sobre a parcela que o município não quer pagar.

O fim da greve foi condicionado a um acordo com a Prefeitura de São Luís que inclui abono de faltas dos professores, o fim do processo de ilegalidade e isenção da multa diária de R$50.000,00 aplicada ao Sindeducação.

A presidente do Sindicato dos Profissionais do Magistério do Ensino Público Municipal de São Luís, Elisabeth Castelo Branco, afirmou que encaminhará um ofício solicitando à Secretaria de Educação a retomada imediata da mesa de negociação.

“Fazemos a luta nos nossos espaços escolares exigindo os nossos direitos e o acesso à educação básica. A greve é um instrumento de denúncia e resistência pelos desmandos do governo atual. Vamos continuar essa batalha pela educação”, concluiu.

Ganhos

Segundo a Secretaria Municipal de Comunicação, desde 2013 a categoria acumula reajuste de 39,08%: 9,5% em 2013, 5,9% em 2014 e 13,01% em 2015. No mesmo período, foram implantados também direitos dos professores protocolados há vários meses, como progressões horizontais e verticais e adicionais por titulação e por trabalhar em escola de difícil acesso. Também foram aposentados mais de 400 professores.

Para o secretário municipal de Educação, Moacir Feitosa, a retomada do calendário letivo foi a decisão mais sensata a ser tomada e representa a vitória da mesa de negociação e do diálogo que sempre tivemos com os professores.

A retomada das aulas havia sido determinada desde o dia 31 de maio pelo Tribunal de Justiça do Maranhão, que, acolhendo ação movida pelo Município de São Luís, decretou a ilegalidade do movimento grevista e aplicou multa ao sindicato em caso de descumprimento judicial.

“A greve é um instrumento de denúncia e resistência pelos desmandos do governo atual. Vamos continuar essa batalha pela educação”

Elisabeth Castelo Branco

Presidente do Sindeducação

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