Estado Islâmico

Ataque com carros-bomba mata 119 pessoas no Iraque

Polícia iraquiana disse que o número de vítimas poderá aumentar, já que mais corpos podem estar sob os escombros de prédios devastados

Atualizada em 11/10/2022 às 12h47
Bombeiros e iraquianos observam destruição causada pela explosão/Divulgação
Bombeiros e iraquianos observam destruição causada pela explosão/Divulgação (Ataque)

Atentados com carros-bomba e usando explosivos deixaram, ao menos, 119 pessoas mortas e 140 feridas em Bagdá, no Iraque, entre a noite de sábado e a madrugada de ontem Um deles atingiu uma movimentada área comercial do centro da capital iraquiana, que estava repleta de gente devido ao Ramadã, mês de jejum muçulmano. O grupo terrorista e extremista Estado Islâmico (EI) reivindicou o ataque. A polícia disse que o número de vítimas poderá aumentar, já que mais corpos podem estar sob os escombros de prédios devastados.
O mais letal dos ataques ocorreu na região de Al Karrada. Um suicida detonou um caminhão frigorífico que trafegava no meio de uma multidão reunida perto da sorveteria Yabar Abu al Sharbat, informou a polícia. A sorveteria mais popular e antiga de Bagdá estava movimentada à 1h (horário local, 19h em Brasília).
No momento do ataque, Al Karrada estava cheia mesmo tarde da noite porque os iraquianos costumam comer fora de casa durante o mês do Ramadã, já que passam o dia jejuando -- a solenidade termina na próxima semana.
O ataque à bomba é o mais mortal no país desde que as forças iraquianas desalojaram no mês passado militantes do Estado Islâmico de Falluja, reduto do grupo a oeste da capital que servia como plataforma para o lançamento de ameaças desse tipo.
Em torno da meia-noite de sábado, 2, um artefato explodiu na estrada em um mercado em al-Shaab, um distrito xiita popular do norte da capital. Segundo a polícia e fontes médicas, pelo menos, dois morreram.
O EI assumiu a autoria do atentado em comunicado assinado e divulgado nas redes sociais, no qual garantiu que o alvo eram os xiitas. O grupo terrorista, que avaliou em 40 o número de mortos e em 80 o de feridos, advertiu que "com a permissão de Deus prosseguirão os ataques dos mujahedins contra os renegados".
O primeiro-ministro iraquiano, Haidar al Abadi, foi para o local do atentado e afirmou que os terroristas "após terem sido esmagados nos campos de batalha cometem ataques com explosivos em uma tentativa desesperada". A população não recebeu bem a visita do chefe do governo e atirou pedras no comboio.

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