A pesquisa de intenções de votos do Instituto Escutec apenas confirmou a consolidação de três nomes na disputa pelo comando da Prefeitura de São Luís.
O prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT), a deputada federal Eliziane Gama (PPS) e o deputado estadual Wellington do Curso (PP) são aqueles que estão à frente na corrida eleitoral.
A tendência, como apontaram a Econométrica, Exata, Prever e agora a Escutec, é de que o Palácio La Ravardière, sede administrativa do município de São Luís, seja comandado de janeiro de 2017 a dezembro de 2020 por um destes três personagens.
Edivaldo busca a reeleição, avançou nas intenções de votos se comparado aos levantamentos feitos até o início deste ano, mas sofre com a forte rejeição ao seu nome.
Eliziane ganhou força na eleição de 2014, quando se elegeu deputada federal com a maior votação no estado. Liderou até então todas as pesquisas de intenções de votos, mas para analistas políticos, a expectativa era de que estivesse no atual cenário com uma vantagem maior em relação aos seus adversários, algo que não ocorreu.
Já Wellington do Curso apareceu no cenário como uma espécie de terceira via. Carece, no entanto, de um discurso que se distancie daquele utilizado por Edivaldo em 2012 (o novo e a mudança) e de um grupo político que dê sustentação a seu projeto.
Independentemente dos prós e contras, são estes os nomes de maior cacife, até então, para as eleições 2016 na capital.
Resta saber se ainda haverá espaços - e tempo hábil - para alguma surpresa, ou seja, a aparição de algum outro candidato que se junte aos três já citados, na disputa.

Não avançou
O vereador Fábio Câmara, pré-candidato a prefeito, deve enfrentar ainda mais resistência de ala do PMDB, após o resultado da pesquisa Escutec.
Sem conseguir ultrapassar os 3 pontos percentuais, o peemedebista ouve de correligionários que a sua candidatura não tem condições de se sustentar na disputa.
Tese defendida, por exemplo, pelo deputado estadual Roberto Costa e pelo senador Lobão Filho. Resta saber qual será a reação do parlamentar.

Pediu, mas...
Apesar de ter feito pedido formal para ser listado na pesquisa Escutec, o pré-candidato do PSOL, Valdeny Barros, não pontuou na pesquisa.
Valdeny aparece apenas no levantamento em que o eleitor aponta em quem ele não votaria, caso os candidatos a prefeito sejam os listados.
Segue à risca o histórico de desempenho do seu partido político nas eleições municipais de São Luís.

Indecisos
Cerca de 9% dos eleitores ouvidos pelo Instituto Escutec na pesquisa de intenções de votos, se apresentam como indecisos em relação aos candidatos.
No primeiro cenário, o percentual de indecisos é de 8,9%. No segundo cenário, exatos 9,0%.
Levando-se em consideração a margem de erro, esse número pode subir para 12% ou cair para 6%. Números que podem definir a eleição.

Chancela
Nenhuma pesquisa de intenção de votos em São Luís gerou tanta expectativa quanto a da Escutec/O Estado, divulgada nesta edição.
Fica evidente que até os demais institutos e contratantes ficam esperando a Escutec como uma espécie de chancela dos números já divulgados.
E a ansiedade dos candidatos e assessores também deixava claro, ontem, a força que tem a divulgação dos números em O Estado.

“Desliga ...”
O prefeito Edivaldo Júnior (PDT) cometeu ontem um ato tido por muitos analistas como letal em um período de campanha.
Ele se deslocou para a Cohab, na intenção de inaugurar uma das obras que a Prefeitura tem feito, a toque de caixa, em parceria com o governo Flávio Dino (PCdoB).
Surpreendido com uma pergunta (registrada em vídeo) sobre a maternidade da Cidade Operária, que prometeu, desde 2013, entregar em 25 de junho último, saiu-se com essa: “Desliga que eu te explico”.

“... que eu te explico”
Em 2012, quando disputou a eleição, Edivaldo era uma espécie de pedra na vidraça em que se transformou a gestão do então prefeito João Castelo (PSDB).
Neste pleito, é o próprio pedetista a vidraça, sobretudo por causa das numerosas promessas de campanha, incluindo a tal maternidade que não saiu do papel.
E em um debate, o prefeito não tem como pedir para desligar os microfones.

PCdoB ou PT?
Os ex-vereadores Geraldo Castro e Batista Matos são apontados como as principais opções do PCdoB para compor a chapa de Edivaldo Júnior.
Mas o grupo comunista mais próximo ao governador Flávio Dino quer mesmo abrir mão da vaga em favor do PT.
Os dinistas querem o ex-presidente da OAB, Mário Macieira, como companheiro do prefeito, já como parte do projeto de 2018.

E MAIS

• Em ascensão nas pesquisas de intenção de votos, o deputado Wellington do Curso passou a ser alvo de bombardeio de aliados do prefeito Edivaldo Júnior.

• O vereador Fábio Câmara indispôs-se com as principais lideranças do PMDB para garantir a viabilização de sua candidatura a prefeito.

• Dos partidos com tempo significativo na propaganda eleitoral, o PV é o único que ainda não se posicionou nas eleições de São Luís.

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