Energia

Aeroporto de São Luís passa fim de semana com geradores de energia

Após pane no sistema elétrico na noite de sexta-feira, terminal seguiu sem iluminação até o sábado a tarde, quando geradores começaram a ser ligados ao sistema de energia; até a tarde de ontem quiosques e lojas estavam sem luz

Atualizada em 11/10/2022 às 12h47
Com auxílio de geradores, ontem check-in do aeroporto voltou a funcionar,  além das luzes e  ar-condicionado; não há previsão de conserto do sistema elétrico
Com auxílio de geradores, ontem check-in do aeroporto voltou a funcionar, além das luzes e ar-condicionado; não há previsão de conserto do sistema elétrico (Aeroporto)

A pane no sistema elétrico do Aeroporto Internacional Marechal Cunha Machado, em São Luís, ocorrida da noite de sexta-feira, 17, ainda causava transtornos ontem, principalmente a comerciantes, nas dependências do terminal. De acordo com informações extra-oficiais, geradores foram ligados ao sistema de energia para garantir iluminação, refrigeração, check-in de passageiros e outras funções emergenciais.

Mas quiosques e comércios, como lojas, restaurantes e lanchonetes, ainda estavam no escuro até a tarde de ontem, quando técnicos da equipe de manutenção da Infraero ainda atuavam para tentar ligar todos os pontos de energia. Até o fechamento desta página, a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) não se pronunciou sobre o uso dos geradores.

Enquanto isso, os comerciantes se viraram como podiam. O gerente de uma lanchonete, por exemplo, para não ter que perder seus produtos e clientes, improvisou uma extensão, que fazia uma ligação direta a um gerador. Os metros de fio passavam pelo saguão e se acumulavam no chão do estabelecimento. “Faltou luz na sexta-feira e eles ainda não disseram nada para a gente, de quando iria voltar”, relatou um funcionário que pediu para não ser identificado.

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Atrasos
No sábado pela manhã, sete voos foram cancelados por causa do problema. Desde a pane, às 22h de sexta-feira, o aeroporto ficou fechado para pouso de decolagens. Na tarde de sábado, as operações retomaram, com os procedimentos de atendimento, check-in e inspeção de passageiros sendo realizados de forma manual.

Durante todo o dia, a Infraero informou que estava trabalhando com suas equipes de manutenção para tentar restabelecer as operações. Mas a quantidade de passageiros que se acumulou no saguão de espera era enorme. As filas, tanto para atendimento nos guichês das empresas aéreas, quanto para acesso até os portões de embarque davam várias voltas.

Os passageiros ‘aguentavam’ da forma como podiam, alguns se resignavam e esperavam. Sentavam no chão, mexiam no celular. A aposentada Maria José Branco, que viajaria para Brasília, reclamava apenas do calor, que estava insuportável com a falta de ar-condicionado e à quantidade de gente no local.

Outros, como a autônoma Cristiane Melo, se revoltaram contra a situação e exigiram melhor atendimento. Ela reclamou que as pessoas estavam reféns da tecnologia e não sabiam mais fazer nada manualmente.

“Eles não sabem dizer a escala, não sabem dizer o horário do voo. É um absurdo. Ninguém aqui sabe dizer nada. Todo mundo virou máquina”, reclamou.
Ontem, os voos operavam normalmente.

Pane

As operações no aeroporto de São Luís chegaram a ser suspensas na sexta-feira (17), por volta de 22h40, quando um curto-circuito na subestação que atende o terminal causou um incêndio na central de ar condicionado, afetando também o quadro de comando de energia das instalações.

As chamas foram rapidamente controladas pela Seção de Combate à Incêndio (SCI) do aeroporto e não houve feridos. Em função dessa ocorrência, sete voos foram cancelados.

Com a falta de energia, a maioria das lojas ficou fechada. Uma funcionária de uma das lojas – que não quis se identificar – afirmou que as quedas de energia no aeroporto têm sido frequentes. “Na última quinta-feira (16), ficamos sem luz das 15h às 18h. De vez em quando temos prejuízos porque precisamos trocar equipamentos que queimam durante essas panes”.

A Companhia Energética do Maranhão (Cemar) afirmou que a falta de energia foi provocada por um problema nas instalações elétricas do terminal.

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