Tragédia

Famílias começam a enterrar vítimas de ataque em boate gay de Orlando

Ataque no último domingo deixou 49 pessoas mortas; funerais devem acontecer ao longo das duas próximas semanas

Atualizada em 11/10/2022 às 12h47

Flórida - Familiares de algumas das 49 pessoas mortas no ataque à boate gay Pulse de Orlando, na Flórida (EUA), começaram a enterrar as vítimas. Os funerais devem acontecer ao longo das duas próximas semanas, segundo a imprensa americana.

O porto-riquenho Anthony Luis Laureano Disla, de 25 anos, foi enterrado nesta sexta-feira, 17. No dia anterior, mais de 150 amigos e familiares o velaram em Orlando. Kimberly Morris, outra vítima do ataque, foi enterrada na quinta-feira,16, em Kissimmee, na Flórida.

Nesta sexta-feira, em Orlando, também foram realizados os funerais de Peter Ommy Gonzalez-Cruz e Gilberto Ramon Silva Menendez. Familiares e amigos usaram uma camiseta que mostrava fotos dos dois jovens.

Também serão enterrados ao longo desta sexta Christopher Sanfeliz, de 24 anos, Yilmary Rodríguez (24), Luis Vielma (22) e Jimmy DeJesús (50), segundo a emissora de TV WKOW, afiliada da rede ABC.

As despedidas começaram na quarta-feira (15), com o velório de Javier Reyes, um vendedor de 40 anos, também de origem porto-riquenha.

Frequentador
Após o ataque, surgiram relatos de testemunhas de que o atirador Omar Mateen, americano de origem afegã, era um frequentador regular do estabelecimento. A afirmação foi feita por clientes aos jornais "Orlando Sentinel" e "Los Angeles Times".

O americano Ty Smith afirmou, em entrevista ao "Orlando Sentinel", que viu Omar Mateen, de 29 anos, na boate Pulse diversas vezes. "Às vezes, ele sentava em um canto para beber sozinho. Outras vezes ficava tão bêbado que era barulhento e ofensivo", disse Smith.

Ele contou ainda que Mateen era fechado. "Não falávamos muito com ele, mas lembro de ter ouvido, às vezes, dizer coisas sobre seu pai. Ele disse que tinha esposa e um filho", completou.

Kevin West, outro frequentador regular da Pulse, disse ao jornal "Los Angeles Times" que trocou mensagens com Mateen em um aplicativo voltado para o público gay por pelo menos um ano.

Outros clientes da casa noturna afirmaram à imprensa que Mateen havia utilizado aplicativos como o Grindr, que é voltado para gays, bissexuais e curiosos. No Grindr, o usuário pode combinar encontros ou fazer amigos.

Controle de armas
Obama, que viajou para Orlando na quinta-feira.16, e se reuniu com sobreviventes e famílias dos mortos, disse, em entrevista à imprensa, que os pais, de luto, perguntaram a ele: "por que isso continua acontecendo?".

Ele exortou o Congresso a aprovar medidas para tornar mais difícil adquirir legalmente armas potentes como o fuzil semi-automático AR-15 usado pelo atirador no ataque do último domingo.

Obama, que já havia visitado familiares de vítimas de ataques a tiros em cidades como San Bernardino, na Califórnia, e Newtown, no Connecticut, desde que se tornou presidente, depositou uma coroa de flores em um memorial para as vítimas do ataque em Orlando.

O Estado Islâmico assumiu a responsabilidade do ataque, mas autoridades dos EUA dizem não acreditar que Mateen tenha recebido ajuda do exterior.

Mulher de atirador
A polícia americana passou a investigar se a mulher do atirador tem alguma ligação. Noor Salman teria dito à polícia que tentou impedir que o marido realizasse o ataque. Mas ela pode ser indiciada como cúmplice e ainda por não ter alertado sobre a iminência do ataque.Segundo a rede de TV Fox, Mateen pode ter ligado para a mulher de dentro da boate durante o tiroteio.

Na última terça-feira, a mídia americana divulgou ainda que Noor Salman estava com Omar Mateen quando o marido comprou munição e que o levara de carro para a Pulse em outra ocasião, porque ele queria investigar o local.

Vítimas
A agência Associated Press divulgou na quinta-feira (16) uma montagem que mostra todas as 49 vítimas do ataque contra a boate gay Pulse de Orlando. Entre as 49 vítimas, segundo a imprensa americana, aparecem 42 homens e sete mulheres.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.