Violência

Vingança estaria por trás do massacre de 11 pessoas no México

Estupro ocorrido há 9 anos estaria por trás de chacina que chocou cidade em uma das regiões mais pobres do país; 2 crianças estão entre mortos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h47

México - Tudo começou há nove anos com um estupro e uma ameaça - cumprida na sexta-feira,10, com a execução de 11 integrantes de uma mesma família, segundo informações da Procuradoria-Geral do estado de Puebla, no México.

A chacina ocorreu na região de Coxcatlán. Homens encapuzados chegaram a pé, por volta da meia-noite, e se dirigiram à modesta casa da família Sanchez Hernandez. Lá, abriram fogo. Cinco mulheres, quatro homens e duas meninas morreram, ao passo que duas meninas, de quatro e cinco anos, estão em estado grave.
Inicialmente, cogitou-se a hipótese de que o crime tinha motivos religiosos e que teria sido causado por um enfrentamento entre católicos e evangélicos.

A família Sanchez Hernandez era evangélica e vivia na comunidade de San José El Mirador, que há 15 anos se separou da vizinha El Potrero, de maioria católica. Mas o prefeito de Coxcatlán, Vicente Lopez, descartou a hipótese."Descartamos as suspeitas de crime organizado e religioso. Trata-se de uma vingança", afirmou.

Incidente

Durante o fim de semana, as autoridades descobriram o incidente que desencadeou a matança."Colhemos depoimentos e as primeiras informações são de que, há nove anos, uma das mulheres falecidas teve um filho com um dos acusados, possivelmente fruto de um estupro", disse um porta-voz da Procuradoria-Geral.

O filho em questão não foi ferido na chacina, e testemunhas identificaram um dos atiradores como o pai, que havia ameaçado a família.

Investigadores dizem que o homem ameaçara matar a família se a agressão sexual fosse denunciada, o que acabou ocorrendo e resultando na prisão do homem, libertado apenas recentemente.

O parceiro da mulher violentada foi o que mais tiros recebeu entre as 11 vítimas e apresentava múltiplos ferimentos por facadas.

Segundo a promotoria, pelo menos dois suspeitos foram identificados.Centenas de pessoas participaram do enterro das vítimas na segunda-feira. "Estamos todos chocados", disse o padre Anastasio Hidalgo, que celebrou a missa para os 11 mortos. "Foi um crime contra a humanidade", acrescentou.

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