Delação

Marina volta a negar recursos ilegais da OAS

Em delação premiada, diretor da empresa diz ter sido procurados por representantes da campanha, ainda em 2010

Atualizada em 11/10/2022 às 12h47
(Marina e seu vice de 2010, Guilherme Leal)

Em visita ao Espírito Santo, ex-senadora Marina Silva (Rede) falou com a imprensa ontem, após sua campanha ter sido apontada como receptora dos recursos ilegais. Ela voltou a negar que tenha recebido recursos da construtora OAS por meio de caixa dois na primeira campanha presidencial de 2010. O vice-presidente da sua chapa na época, Guilherme Leal, divulgou uma nota também negando o fato.

Marina afirmou que nunca recebeu recursos ilegais em sua campanha e que não se encontrou com Léo Pinheiro. A ex-senadora acrescentou que o diretório estadual do Partido Verde (PV) no Rio de Janeiro, partido pelo qual ela foi candidata a presidente em 2010, recebeu recursos da OAS declarados à Justiça Eleitoral, segundo seus dirigentes.

“Não tenho R$ 1 sequer de dinheiro ilegal na minha campanha e nem finalidade ilegal. Não me reuni com o senhor Léo Pinheiro. O PV teve uma doação. Segundo os dirigentes do partido, todo o processo está declarado”, justificou.

O empresário Léo Pinheiro, um dos sócios do grupo OAS, disse durante negociações para acordo de delação premiada na Lava Jato que representantes de Marina Silva lhe pediram contribuição para o caixa dois da campanha presidencial em 2010, porque ela não queria aparecer associada a empreiteiras.

Marina Silva, Guilherme Leal e Alfredo Sirkis negam que tenham pedido e recebido contribuição de Léo Pinheiro, da OAS, para o caixa dois da campanha de 2010. "Disse-lhe expressamente que eventual contribuição seria bem-vinda, sem qualquer contrapartida ou compromisso, nos estritos termos da lei, isto é, com o devido registro no Tribunal Superior Eleitoral", disse Leal ao jornal paulista. Ele rebateu Leal a versão de pedido de caixa dois. "Isso é mentira. Repudio com veemência este tipo de ataque à minha honra."

Marina ressaltou em nota que apoia a Operação Lava Jato. “Eu confio no trabalho da Lava Jato. Não contem comigo para participar do coro de desqualificar o trabalho do Ministério Público, da Polícia Federal e do juiz Sérgio Moro” E, ainda acrescenta: "Nunca usei um real em minhas campanhas que não tivesse sido regularmente declarado", disse. "Não acredito que nenhum dirigente do PV possa ter usado meu nome sem ter me dado conhecimento, ainda mais para fins ilícitos."

"Posso assegurar à opinião pública brasileira que, neste momento em que a sarjeta da política já esta repleta de denunciados, o melhor caminho é confiar no trabalho do Ministério Público e da Polícia Federal", completou Marina.

Criticada anteriormente por ambientalistas por aceitar doações de empresas poluidoras que não seguem à risca a legislação ambiental, como mineradores, Marina explicava que a campanha havia sido curta e que não houve tempo para mobilizar apoiadores.

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