Reação

Netanyahu anuncia medidas após ataque terrorista em Israel

Atentado deixou quatro pessoas mortas e seis feridas; governo decidiu cancelar permissões de passagem de 80 mil palestinos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h47

Israel - O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou ontem que tomará medidas "ofensivas e defensivas" após o ataque cometido por dois palestinos em Tel Aviv na noite de quarta-feira, no qual morreram quatro pessoas e seis ficaram feridas.

"Houve um caso muito difícil aqui de assassinato a sangue frio por terroristas desumanos", disse o primeiro-ministro acompanhado por seu recém-nomeado ministro da Defesa, Avigdor Lieberman, e o titular de Segurança Pública, Gilad Erdan, em seu retorno durante a madrugada de uma viagem oficial à Rússia, informaram nesta quinta-feira veículos de imprensa israelenses.

Após qualificar a situação como um desafio ao qual Israel responderá "firme e inteligentemente", Netanyahu disse que manteve uma discussão com os membros de seu governo "sobre uma série de medidas ofensivas e defensivas para agir contra este fenômeno", sem oferecer mais detalhes.

Mais tarde, o gabinete reduzido de assuntos de segurança do governo israelense cancelou as mais de 80 mil permissões que tinham sido concedidas a palestinos por ocasião da festa do Ramadã. A decisão foi tomada pelo gabinete reduzido de assuntos de segurança do governo de Israel em reunião de emergência convocada pelo primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, após a morte na noite da quarta-feira de quatro israelenses em um atentado em Tel Aviv cometido por dois palestinos da Cisjordânia.

Israel tinha concedido as permissões de passagem para agilizar o deslocamento de palestinos durante o mês de jejum, permitindo que cruzassem por seu território para se reencontrar com seus familiares na Faixa de Gaza e na Cisjordânia.

Na reunião, os ministros de mais destaque do governo escutaram a avaliação dos altos comandantes e suas recomendações sobre medidas de segurança.

Bloqueio

Segundo o comunicado, o gabinete decidiu impor o bloqueio à cidade de Yatta, na qual viviam os agressores e que desde ontem à noite está tomada pelo Exército, e anular também as permissões de trabalho da família a que pertenciam.

"Foi imposto um bloqueio completo à cidade de Yatta e foram revogadas as permissões de trabalho do clã dos dois terroristas", diz a nota de imprensa.

Pelo menos quatro pessoas morreram e outras seis ficaram feridas em Tel Aviv, quando duas pessoas abriram fogo ontem à noite em um restaurante do popular "Sarona Market", uma área comercial da cidade situada em frente à principal base militar de Israel e sede do Ministério da Defesa.

Os agressores foram identificados pelas autoridades israelenses como dois primos palestinos de 21 anos originais de Yata, ao sul da cidade de Hebron, na Cisjordânia, que não tinham as permissões necessárias para estarem em Israel.

Um deles foi detido no local e o outro foi atingido por disparos de um policial durante sua fuga e se encontra hospitalizado. O gabinete de segurança israelense anunciou uma reunião de emergência para esta quinta.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.